terça-feira, 15 de novembro de 2011
TEORIA DA LITERATURA
Introdução
O estudo da teoria que está por detrás das obras literárias é uma actividade recorrente e fundamental para a sua produção e interpretação.
Neste âmbito, surge o presente trabalho que gira em torno do tema “Conceitos de Sistema Semiótico e de Código Literários”, cujo objectivo principal é explicar o conceito de sistema semiótico e de código literários, com suporte numa pesquisa bibliográfica.
Para a abordagem do tema acima referido, estruturou-se o trabalho do seguinte modo:
1. Conceito de sistema
1.1 Sistema semiótico literário
1.2. Sistema semiótico literário como sistema modelizante
2. Código
2.1. Código literário
2.2 Código literário como policódigo
Conclusão
Bibliografia
Para a materialização deste trabalho, consultaram-se algumas obras que serviram de alicerce para a realização do mesmo, como são os casos de Aguiar e Silva (1988, 2004), Dicionário de Língua Portuguesa (2003) e Grande Dicionário de Língua Portuguesa (2004).
1. Conceito de sistema
Na abordagem do sistema semiótico afigura-se como indispensável que, primeiro, se defina sistema. Neste contexto, de acordo com o Dicionário de Língua Portuguesa (2003: 1366) sistema deriva, tanto do latim quanto do grego, systema, sendo, dentre vários significados, sinónimo de, como afirma o Grande Dicionário de Língua Portuguesa (2004:1423), “conjunto de princípios ou ideias solidamente relacionadas entre si, que constituem uma teoria (...); conjunto de partes dependentes umas das outras.”
1.1. Conceito de sistema semiótico literário
Depreendendo-se que um sistema corresponde à combinação de partes coordenadas entre si, para o mesmo fim, assume-se que no fazer e no produzir uma obra literária como um processo de significação e de comunicação e que resulta num texto e permite a sua funcionalidade como mensagem, estará subjacente um determinado sistema, o qual será conhecido como sistema semiótico literário.
Neste quadro, compreender-se-á que sistema semiótico, na esteira de Aguiar e Silva (2004:57), será “uma série finita de signos interdependentes entre os quais, através de regras, se pode estabelecer relações e operações combinatórias, de modo a produzir-se semiose.”.
Assim, um texto, definido em conformidade com Aguiar e Silva (1988:75) é uma “sequência de elementos materiais e discretos, seleccionados dentre as possibilidades oferecidas por um determinado sistema semiótico e ordenados em função de um determinado código ” só será funcional se a sua produção se fundamentar em determinado sistema, portanto, o sistema semiótico literário.
Decorrente disto, o sistema semiótico literário afigura-se como um sistema ligado ao texto, surge como elemento que permite a transmissão de comunicações peculiares, não transmissíveis com outros meios.
1.2. Sistema semiótico literário como sistema modelizante
Como se expôs no parágrafo anterior, antes do sistema de comunicação/significação, se situa um outro sistema, o sistema modelizante primário, sendo que se entende como sistema de significação como sistema modelizante secundário. Isto pressupõe que num texto literário considerar-se-ão dois sistemas: um que será a base para compreensão do segundo, equiparado à língua natural, e outro que se “constitui e se organiza”, segundo Aguiar e Silva (2004: 58), a partir do primeiro.
Desta feita, embora discutível, o sistema semiótico literário configura-se como uma semiótica conotativa, ou corresponde a afirmar que o primeiro é uma semiótica denotativa. Portanto, como advoga Hjelmslev apud Aguiar e Silva (1988: 82/83), existirão igualmente dois planos diferentes: o plano da expressão e o plano do conteúdo, sendo que, na esteira de Aguiar e Silva (1988:95/96), o sistema modelizante secundário desenvolver-se-á
em indissolúvel interacção com o plano de expressão e o do conteúdo da língua natural e a sua existência é que possibilita a produção do texto literário e é que fundamenta a capacidade de estes textos funcionarem como objectos comunicativos no âmbito de uma determinada cultura, pois a literatura é um sistema modelizante secundário e é também, consequentemente, um corpus de textos que representam a objectivação e a realização concreta e particular daquele sistema semiótico.
2. Conceito de código
Como se fez referência na definição de texto, a sequência de elementos seleccionados dentre as possibilidades oferecidas por um determinado sistema semiótico é ordenada em função de um determinado código, sendo que se afigura como importante definí-lo.
Assim, de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa (2003:371), o termo código deriva do latim codice e, de entre várias interpretações, é sinónimo de “norma, colecção de preceitos e regras que permite a combinação e interpretação de sinais.” Ademais, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (2004:350) acrescenta que, sob ponto de vista linguístico, código corresponde ao “sistema de relações estruturadas entre signos ou conjunto de signos que possibilitam a codificação e descodificação de mensagens.”
2.1. Conceito de código literário
Se uma determinada mensagem é codificada e descodificada através de um determinado código, é justo que se afirme que um texto literário também será estruturado por meio da operação de determinadas normas, decorrendo disto o nascimento do código literário.
O código literário, de acordo com Aguiar e Silva (2004:57), é definido como “conjunto finito de regras e convenções que permitem ordenar e combinar unidades discretas, no quadro de um determinado sistema semiótico, a fim de gerar processos de significação e de comunicação que se consubstanciam em textos.” Portanto, na linha dos mesmo autor, código irá representar “o instrumento operativo que possibilita o funcionamento do sistema, que fundamenta e regula a produção de textos e que, por si mesmo, assume uma relevância nuclear nos processos semióticos.”
Da definição anteriormente feita, na esteira de Aguiar e Silva (1988:78), depreende-se que o código literário se configura como “uma rede de opções, de alternativas, de possibilidades, na qual as permissões, as injunções e a eventualidade de práticas transgressivas se co-articulam de modo vário e em função de múltiplos factores endógenos e exógenos ao sistema.” Portanto, será com base no código literário que, retomando a definição de código na esteira do Grande Dicionário de Língua Portuguesa (2004:350), se codificará ou descodificará um texto literário, ou melhor, o texto literário só será como tal se se tiver em conta um determinado conjunto de opções combinatórias para o efeito.
2.2. Código literário como policódigo
Em primeiro lugar, refira-se que a abordagem do código literário como policódigo, será feita com base em Aguiar e Silva (1988).
Em segundo, é importante que se sublinhe que o código literário como resultado da interacção dos diferentes códigos e sub-códigos pertencentes ao sistema modelizante secundário configura-se como policódigo. Nele distinguem-se os seguintes códigos:
a) Código fónico-rítmico
O código fónico-rítmico regula aspectos importantes do enredo do texto literário, mantém uma imediata e fundamental relação de interdependência com o código fonológico e ainda com o código léxico-gramatical, com o código semântico do sistema linguístico, para além das que mantém com o código grafemático e a interdependência com o código métrico e com o estilístico.
b) Código métrico
O código métrico regula a organização particular da forma de expressão dos textos poéticos, considerados sub-conjunto dos textos literários, quer no concernente à constituição do verso quer na combinação e agrupamento dos versos em estrofes. À semelhança dos outros códigos este tem relações com o código fonológico. Tem também relações de interdependência com o código léxico-gramatical, visto que a distribuição dos acentos exigida pelo modelo do verso pode impor, por exemplo, modificação na estrutura frásica. Finalmente relaciona-se com o código semântico.
c) Código estilístico
O código estilístico regula a organização das formas do conteúdo e da expressão do texto literário, considerando a sua relação de interdependência com o código léxico-gramatical e suas sensíveis variações diacrónicas e sincrónicas. Relaciona-se ainda com os códigos: semântico, fonológico, pragmático e técnico-compositivo.
Este código é responsável pela organização da coerência textual a nível semântico (estrutura profunda) como a nível de textura (estrutura de superfície), mediante microestruturas que operam no âmbito dos constituintes textuais próximos.
d) Código técnico-compositivo
O código técnico-compositivo orienta e ordena a coerência textual, mediante regras opcionais ou constritivas de aplicação transtópicas. Tem uma elevada autonomia perante o código linguístico. Desenvolve relações de interdependência com o código métrico, com o código estilístico e com o código semântico-pragmático.
Segundo Uspensky apud Aguiar e Silva (1988:105), as influências exercidas sobre o sistema semiótico literário por outros sistemas modelizantes secundários de natureza estética, sobretudo a música, a pintura e o cinema, embora verificáveis a qualquer nível do policódigo literário, ocorrem muito frequentemente ao nível do código técnico-compositivo.
e)Código semântico-pragmático
Designação justificada pela simples razão de ser impossível estabelecer uma rígida linha divisória entre os factores semânticos e os pragmáticos, considera-se que a substância do conteúdo quer no âmbito sintagmático como no pragmático é sujeita a específicos processos de semiotização até que seja conteúdo numa forma peculiar.
É assim que, como escreve Greimas citado por Aguiar e Silva (1988:105/106):
O código semântico-pragmático regula, no plano pragmático, a produção das unidades e dos conjuntos semioliterários, resultantes da interacção de factores lógico-semânticos, histórico-sociais e estético-literários, que manifestam ou o universo semiótico cosmológico ou o universo semiótico antropológico ou o universo semiótico social ou um universo semiótico configurado pelas inter-relaçõesdos três universos antes referidos.
Este código correlaciona-se, através do código semântico, com os códigos religiosos, míticos, éticos e ideológicos actuantes num determinado espaço geográfico e social e num tempo histórico, manifestando assim, de forma primordial e privilegiada a visão do mundo, o modelo do mundo, consubstanciados ao texto literário.
Segundo Dijk apud Aguiar e Silva (1988:106), o código semântico-pragmático desempenha uma função dominante no policódigo literário, porque a estrutura profunda do texto é de natureza semântica e só a partir desta estrutura, considerada programa, se pode analisar e compreender adequadamente a estrutura superficial do texto, as regras e as convenções fónicas, prosódicas, grafemáticas, métricas, estilísticas, técnico-compositivas e semântico-pragmáticas que a organizam.
Conclusão
Discutidos os pontos propostos para a abordagem neste trabalho, concluiu-se que toda a actividade artística, particularmente a literária, é levada a cabo tendo em conta um determinado conjunto de princípios que a regulam.
Em segundo lugar, concluiu-se que a actividade literária tem como suporte uma rede de opções que guia a sua produção e consumo, isto é, os signos seleccionados e combinados numa obra literária são codificados e descodificados de acordo com um determinado instrumento operativo – o código literário.
Portanto, em terceiro lugar, depreende-se que, ao falar de obra literária há que se ter em consideração dois conceitos indissolúveis e, obviamente, interdependentes entre si, nomeadamente, o sistema semiótico literário e o código literário.
Bibliografia
1. AGUIAR E SILVA, Víctor Manuel de. Teoria da Literatura, 8ª edição, Coimbra, Almedina, 1988;
2. AGUIAR E SILVA, Víctor Manuel de. Teoria e Metodologia Literárias. Lisboa, Universidade Aberta, 2004;
3. DICIONÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 8ª edição, Lisboa, Texto Editora, 2003;
4. GRANDE DICIONÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA. Porto, Porto Editora, 2004.
O estudo da teoria que está por detrás das obras literárias é uma actividade recorrente e fundamental para a sua produção e interpretação.
Neste âmbito, surge o presente trabalho que gira em torno do tema “Conceitos de Sistema Semiótico e de Código Literários”, cujo objectivo principal é explicar o conceito de sistema semiótico e de código literários, com suporte numa pesquisa bibliográfica.
Para a abordagem do tema acima referido, estruturou-se o trabalho do seguinte modo:
1. Conceito de sistema
1.1 Sistema semiótico literário
1.2. Sistema semiótico literário como sistema modelizante
2. Código
2.1. Código literário
2.2 Código literário como policódigo
Conclusão
Bibliografia
Para a materialização deste trabalho, consultaram-se algumas obras que serviram de alicerce para a realização do mesmo, como são os casos de Aguiar e Silva (1988, 2004), Dicionário de Língua Portuguesa (2003) e Grande Dicionário de Língua Portuguesa (2004).
1. Conceito de sistema
Na abordagem do sistema semiótico afigura-se como indispensável que, primeiro, se defina sistema. Neste contexto, de acordo com o Dicionário de Língua Portuguesa (2003: 1366) sistema deriva, tanto do latim quanto do grego, systema, sendo, dentre vários significados, sinónimo de, como afirma o Grande Dicionário de Língua Portuguesa (2004:1423), “conjunto de princípios ou ideias solidamente relacionadas entre si, que constituem uma teoria (...); conjunto de partes dependentes umas das outras.”
1.1. Conceito de sistema semiótico literário
Depreendendo-se que um sistema corresponde à combinação de partes coordenadas entre si, para o mesmo fim, assume-se que no fazer e no produzir uma obra literária como um processo de significação e de comunicação e que resulta num texto e permite a sua funcionalidade como mensagem, estará subjacente um determinado sistema, o qual será conhecido como sistema semiótico literário.
Neste quadro, compreender-se-á que sistema semiótico, na esteira de Aguiar e Silva (2004:57), será “uma série finita de signos interdependentes entre os quais, através de regras, se pode estabelecer relações e operações combinatórias, de modo a produzir-se semiose.”.
Assim, um texto, definido em conformidade com Aguiar e Silva (1988:75) é uma “sequência de elementos materiais e discretos, seleccionados dentre as possibilidades oferecidas por um determinado sistema semiótico e ordenados em função de um determinado código ” só será funcional se a sua produção se fundamentar em determinado sistema, portanto, o sistema semiótico literário.
Decorrente disto, o sistema semiótico literário afigura-se como um sistema ligado ao texto, surge como elemento que permite a transmissão de comunicações peculiares, não transmissíveis com outros meios.
1.2. Sistema semiótico literário como sistema modelizante
Como se expôs no parágrafo anterior, antes do sistema de comunicação/significação, se situa um outro sistema, o sistema modelizante primário, sendo que se entende como sistema de significação como sistema modelizante secundário. Isto pressupõe que num texto literário considerar-se-ão dois sistemas: um que será a base para compreensão do segundo, equiparado à língua natural, e outro que se “constitui e se organiza”, segundo Aguiar e Silva (2004: 58), a partir do primeiro.
Desta feita, embora discutível, o sistema semiótico literário configura-se como uma semiótica conotativa, ou corresponde a afirmar que o primeiro é uma semiótica denotativa. Portanto, como advoga Hjelmslev apud Aguiar e Silva (1988: 82/83), existirão igualmente dois planos diferentes: o plano da expressão e o plano do conteúdo, sendo que, na esteira de Aguiar e Silva (1988:95/96), o sistema modelizante secundário desenvolver-se-á
em indissolúvel interacção com o plano de expressão e o do conteúdo da língua natural e a sua existência é que possibilita a produção do texto literário e é que fundamenta a capacidade de estes textos funcionarem como objectos comunicativos no âmbito de uma determinada cultura, pois a literatura é um sistema modelizante secundário e é também, consequentemente, um corpus de textos que representam a objectivação e a realização concreta e particular daquele sistema semiótico.
2. Conceito de código
Como se fez referência na definição de texto, a sequência de elementos seleccionados dentre as possibilidades oferecidas por um determinado sistema semiótico é ordenada em função de um determinado código, sendo que se afigura como importante definí-lo.
Assim, de acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa (2003:371), o termo código deriva do latim codice e, de entre várias interpretações, é sinónimo de “norma, colecção de preceitos e regras que permite a combinação e interpretação de sinais.” Ademais, o Grande Dicionário da Língua Portuguesa (2004:350) acrescenta que, sob ponto de vista linguístico, código corresponde ao “sistema de relações estruturadas entre signos ou conjunto de signos que possibilitam a codificação e descodificação de mensagens.”
2.1. Conceito de código literário
Se uma determinada mensagem é codificada e descodificada através de um determinado código, é justo que se afirme que um texto literário também será estruturado por meio da operação de determinadas normas, decorrendo disto o nascimento do código literário.
O código literário, de acordo com Aguiar e Silva (2004:57), é definido como “conjunto finito de regras e convenções que permitem ordenar e combinar unidades discretas, no quadro de um determinado sistema semiótico, a fim de gerar processos de significação e de comunicação que se consubstanciam em textos.” Portanto, na linha dos mesmo autor, código irá representar “o instrumento operativo que possibilita o funcionamento do sistema, que fundamenta e regula a produção de textos e que, por si mesmo, assume uma relevância nuclear nos processos semióticos.”
Da definição anteriormente feita, na esteira de Aguiar e Silva (1988:78), depreende-se que o código literário se configura como “uma rede de opções, de alternativas, de possibilidades, na qual as permissões, as injunções e a eventualidade de práticas transgressivas se co-articulam de modo vário e em função de múltiplos factores endógenos e exógenos ao sistema.” Portanto, será com base no código literário que, retomando a definição de código na esteira do Grande Dicionário de Língua Portuguesa (2004:350), se codificará ou descodificará um texto literário, ou melhor, o texto literário só será como tal se se tiver em conta um determinado conjunto de opções combinatórias para o efeito.
2.2. Código literário como policódigo
Em primeiro lugar, refira-se que a abordagem do código literário como policódigo, será feita com base em Aguiar e Silva (1988).
Em segundo, é importante que se sublinhe que o código literário como resultado da interacção dos diferentes códigos e sub-códigos pertencentes ao sistema modelizante secundário configura-se como policódigo. Nele distinguem-se os seguintes códigos:
a) Código fónico-rítmico
O código fónico-rítmico regula aspectos importantes do enredo do texto literário, mantém uma imediata e fundamental relação de interdependência com o código fonológico e ainda com o código léxico-gramatical, com o código semântico do sistema linguístico, para além das que mantém com o código grafemático e a interdependência com o código métrico e com o estilístico.
b) Código métrico
O código métrico regula a organização particular da forma de expressão dos textos poéticos, considerados sub-conjunto dos textos literários, quer no concernente à constituição do verso quer na combinação e agrupamento dos versos em estrofes. À semelhança dos outros códigos este tem relações com o código fonológico. Tem também relações de interdependência com o código léxico-gramatical, visto que a distribuição dos acentos exigida pelo modelo do verso pode impor, por exemplo, modificação na estrutura frásica. Finalmente relaciona-se com o código semântico.
c) Código estilístico
O código estilístico regula a organização das formas do conteúdo e da expressão do texto literário, considerando a sua relação de interdependência com o código léxico-gramatical e suas sensíveis variações diacrónicas e sincrónicas. Relaciona-se ainda com os códigos: semântico, fonológico, pragmático e técnico-compositivo.
Este código é responsável pela organização da coerência textual a nível semântico (estrutura profunda) como a nível de textura (estrutura de superfície), mediante microestruturas que operam no âmbito dos constituintes textuais próximos.
d) Código técnico-compositivo
O código técnico-compositivo orienta e ordena a coerência textual, mediante regras opcionais ou constritivas de aplicação transtópicas. Tem uma elevada autonomia perante o código linguístico. Desenvolve relações de interdependência com o código métrico, com o código estilístico e com o código semântico-pragmático.
Segundo Uspensky apud Aguiar e Silva (1988:105), as influências exercidas sobre o sistema semiótico literário por outros sistemas modelizantes secundários de natureza estética, sobretudo a música, a pintura e o cinema, embora verificáveis a qualquer nível do policódigo literário, ocorrem muito frequentemente ao nível do código técnico-compositivo.
e)Código semântico-pragmático
Designação justificada pela simples razão de ser impossível estabelecer uma rígida linha divisória entre os factores semânticos e os pragmáticos, considera-se que a substância do conteúdo quer no âmbito sintagmático como no pragmático é sujeita a específicos processos de semiotização até que seja conteúdo numa forma peculiar.
É assim que, como escreve Greimas citado por Aguiar e Silva (1988:105/106):
O código semântico-pragmático regula, no plano pragmático, a produção das unidades e dos conjuntos semioliterários, resultantes da interacção de factores lógico-semânticos, histórico-sociais e estético-literários, que manifestam ou o universo semiótico cosmológico ou o universo semiótico antropológico ou o universo semiótico social ou um universo semiótico configurado pelas inter-relaçõesdos três universos antes referidos.
Este código correlaciona-se, através do código semântico, com os códigos religiosos, míticos, éticos e ideológicos actuantes num determinado espaço geográfico e social e num tempo histórico, manifestando assim, de forma primordial e privilegiada a visão do mundo, o modelo do mundo, consubstanciados ao texto literário.
Segundo Dijk apud Aguiar e Silva (1988:106), o código semântico-pragmático desempenha uma função dominante no policódigo literário, porque a estrutura profunda do texto é de natureza semântica e só a partir desta estrutura, considerada programa, se pode analisar e compreender adequadamente a estrutura superficial do texto, as regras e as convenções fónicas, prosódicas, grafemáticas, métricas, estilísticas, técnico-compositivas e semântico-pragmáticas que a organizam.
Conclusão
Discutidos os pontos propostos para a abordagem neste trabalho, concluiu-se que toda a actividade artística, particularmente a literária, é levada a cabo tendo em conta um determinado conjunto de princípios que a regulam.
Em segundo lugar, concluiu-se que a actividade literária tem como suporte uma rede de opções que guia a sua produção e consumo, isto é, os signos seleccionados e combinados numa obra literária são codificados e descodificados de acordo com um determinado instrumento operativo – o código literário.
Portanto, em terceiro lugar, depreende-se que, ao falar de obra literária há que se ter em consideração dois conceitos indissolúveis e, obviamente, interdependentes entre si, nomeadamente, o sistema semiótico literário e o código literário.
Bibliografia
1. AGUIAR E SILVA, Víctor Manuel de. Teoria da Literatura, 8ª edição, Coimbra, Almedina, 1988;
2. AGUIAR E SILVA, Víctor Manuel de. Teoria e Metodologia Literárias. Lisboa, Universidade Aberta, 2004;
3. DICIONÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA. 8ª edição, Lisboa, Texto Editora, 2003;
4. GRANDE DICIONÁRIO DE LÍNGUA PORTUGUESA. Porto, Porto Editora, 2004.
A selecção das preposições a e em, no PM
Resumo
No presente projecto iremos fazer uma abordagem sobre as preposições a e em, em que, para além de apresentarmos os conceitos, características e valores destas preposições (seu uso e ou abuso pelos alunos visados), procuraremos propor algumas ideias para o melhoramento de tal ocorrência, em particular, e do ensino aprendizagem da Língua Portuguesa nas escolas do ensino secundário geral.
Assim este projecto será composto pelas seguintes partes:
Em primeiro plano, teremos a introdução, onde de forma geral, falaremos daquilo que é o nosso projecto, ou seja, apresentamos nesta fase o tema, a definição do problema, os objectivos (gerais e específicos), o problema, a hipótese, a importância do tema para o melhoramento do ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa e a motivação (justificativa) pela escolha do tema em estudo.
Em segundo lugar, dando continuidade ao nosso projecto, teremos o capítulo I, que corresponde à revisão da literatura, onde faremos uma abordagem que são as diferentes perspectivas dos diferentes autores, por nós consultados para a materialização deste projecto, sobre o tema em estudo.
Serão, ainda neste capítulo, apresentados os conceitos, as características, os valores semânticos e sintácticos das preposições e as classes a que as preposições em estudo pertencem.
Em seguida, termos, no capítulo II, a metodologia de investigação adoptada para este projecto, onde focalizaremos vários aspectos daquilo que são os métodos por nós usados para a concepção deste projecto (e, posteriormente, do trabalho final que daqui resultará).
Seguindo com o projecto, termos a conclusão, na qual apresentaremos as nossas conclusões em relação ao tema, aos problemas encontrados, bem a apresentação de algumas propostas para o melhoramento de tais problemas.
Por fim, teremos a calendarização, os instrumentos de recolha de dados/ investigação (apêndices) e a lista bibliográfica (bibliografia) das obras consultadas no âmbito da elaboração deste projecto.
Introdução
Neste projecto, cujo tema é "A selecção das preposições a e em, no PM", vamos procurar, em traços largos, percorrer alguns dos problemas que se levantam à volta da selecção e uso ou abuso das preposições a e em no PM, reflectir sobre a necessidade do seu ensino nas escolas das particularidades do funcionamento da língua, com especial enfoque à selecção e uso das preposições, em conformidade com o preconizado pelo cânone da Língua Portuguesa, ou seja, mostrar que a selecção e uso das preposições não feito de forma aleatória/ arbitraria, mas que há condições que são necessárias para a opção de uma e não outra preposição.
Procuraremos, ainda neste projecto, recordar mostrar a necessidade do conhecimento explícito da gramática. Pois, a gramática, sempre devia ser tida como fundamental, mas o seu poder não tem vindo a funcionar bem até, e em particular, neste momento.
Como podemos ver, nos programas actuais de língua não aparece a palavra gramática. O nosso objectivo, porém, é perspectivar a gramática como de uso ou gramática pedagógica, concebida para o ensino e aprendizagem da língua. Esta gramática deverá abranger não só os domínios tradicionais/ implícitos, mas também os elementos que completam e objectivam a aula de língua.
1.2. Definição do problema
Todo o problema de gramática nos alunos está directa ou indirectamente ligado a fraca existência de gramáticas escolares adequadas.
O facto de a Língua Portuguesa ser oficial no ensino em Moçambique remete a ideia de que seja bem usada pelos alunos (no que respeita aos seus cânones). Não obstante, há evidências de que apesar desta ser a base do ensino, ainda verificam-se dificuldades no seu uso por alunos e até por professores, no concernente ao uso das preposições a e em (em particular). É a partir deste ponto que nos achamos imperioso abordar o problema da fraca capacidade comunicativa (sem muitos erros) dos alunos.
Desta feita, o nosso problema central é:
• A falta de gramáticas académicas (pedagógicas) apropriadas;
• Qual seria o resultado do ensino e do uso adequado da língua se para além de se privilegiar o estudo/ ensino de textos (estrutura externa) se tratasse concretamente das particularidades da língua, no caso das particularidades do uso das preposições?
• Que vantagens teria a habilidade dos alunos, no concernente ao (multi) uso da língua para o seu aproveitamento na aprendizagem da língua, em particular, no desenvolvimento da sua competência comunicativa, em geral?
Estas questões constituirão o eixo de convergência da nossa pesquisa e ao longo desta procuraremos apresenta o nosso ponto de vista no respeitante aos problemas acima referenciados.
1.3. Hipótese
Parece que os falantes do PM usam a preposição em [+LOC] em com verbos de movimento, em detrimento da preposição a que é uma preposição que exprime/ indica movimento. Sendo que tal parece dever-se, em muitos casos, à falta de conhecimento aprofundado sobre a selecção/ uso das preposições e, em alguns casos, ao hábito que os falantes têm, no concernente ao uso das preposições (generalização no uso das preposições).
1.4. Objectivo geral
Neste projecto temos como objectivos gerais:
• Analisar os reais problemas da fraca capacidade do uso da preposição a, no PM;
• Conhecer as causas que estão na origem de tais problemas e as suas respectivas fontes;
1.5. Objectivo específico
• Identificar os problemas da fraca utilização da preposição a;
• Identificar as suas causas;
• Explicar preferência pelo uso da preposição em;
• Propor soluções para o melhoramento ou invectivação do uso das preposições a e em nos devidos contextos.
1.6. Importância do tema
O tema é de maior importância social, para além de constituir uma contribuição para o ensino da Língua Portuguesa. Irá contribuir para o melhoramento da competência comunicativa, oral e escrita, dos alunos, bem como contribuirá no desenvolvimento das capacidades de análise e de raciocínio do aluno mediante a um conhecimento explícito do modo como se organiza e funciona a Língua Portuguesa, nas suas diferentes particularidades contextuais.
1.7. Motivação
Foi-nos imperiosa a escolha deste tema ao deparámo-nos com certas situações de mau uso da língua, isto é, indivíduos que têm níveis académicos “elevados” e são simultaneamente detentores de graves problemas de comunicação, no concernente ao uso da língua, com particular enfoque para o uso das preposições a e em.
Tivemos a necessidade de chegar mais perto para ver quais são as possíveis origens desses problemas linguísticos para, posteriormente, propormos soluções para a resolução destes.
PREPOSIÇÕES A E EM, NO PM
Como já dizíamos, anteriormente, o nosso projecto vai gravitar em torno das preposições a e em. Com efeito, antes de começarmos o tratamento destas preposições, julgamos melhor, para um boa abordagem, apresentarmos os conceitos que os autores, por nós consultados, dão a este termo.
Assim, Cunha e Cintra (1999:551) definem preposições como sendo palavras invariáveis que relacionam dois termos de uma oração, de tal modo que o sentido do primeiro é explicado ou completado pelo segundo.
Ainda no âmbito do tratamento das preposições, Mateus et alli (2003:392) acrescenta à definição acima apresenta o facto de as preposições (e locuções prepositivas) se aproximarem dos advérbios e das conjunções (por não serem flexionadas) e, com efeito, são categorias lexicais porque seleccionam complementos e estão-lhes associados valores semânticos, sendo, em alguns casos marcas de caso e, pelo menos em alguns dos seus valores, sofrem um processo de reanálise, comportando-se como complementadores, como, por exemplo, o que acontece com para quando introduz orações infinitivas.
1. Eu disse para tu ires ao mercado.
A partir dos conceitos apresentados podemos prever o comportamento (características) das preposições. Porém, há que salientarmos que na classe das preposições temos a subclasse das preposições simples (quando expressas por um só vocábulo) e a subclasse das preposições compostas (Cunha e Cintra, 1999:551) ou locuções prepositivas (quando constituídas de dois ou mais vocábulos, sendo um deles uma preposição simples).
Após termos apresentado o conceito de preposição, passaremos a fazer a análise do comportamento desta na frase, ou seja, com as categorias que a elas se juntam.
2.1. Estrutura do sintagma preposicional: posições e valores sintácticos
Como já é do nosso conhecimento, a preposição juntamente com um elemento de uma outra categoria forma a categoria sintagmática SP, na qual ela é o seu núcleo, ou seja, uma preposição ou uma locução prepositiva que tem a propriedade de seleccionar um complemento (Mateus et alli, 2003:392), por isso, não podem ocorrer isoladamente (por serem categorias relacionais), devendo serem seguidas de um SN ou de uma frase (finita ou infinitiva).
2. *está em / está em casa
*vou a / vou à escola
No entanto, há algumas preposições ou locuções prepositivas que podem ocorrer sozinhas, mas deve-se presumir que os seus argumentos sejam nulos.
3. Siga em frente.
4. O Júlio está contra.
O SP, segundo Mateus et all (2003), pode ser complemento do SN, do SA, do SV, bem como desempenhar na frase diferentes funções sintácticas, como é o caso de nome predicativo do sujeito, ser adjunto de vários tipos de categorias, particularmente do SV (não sendo então seleccionado por V).
5. O Rui foi ao mercado. (SP seleccionado por V ir – [SP,SV])
6. O livro de linguística está na estante envidraçada. (SP PRED SU)
Portanto, o carácter de constituinte de SP pode ser comprovado pela possibilidade de ser deslocado ou destacado por determinados processos sintácticos, como a topicalização. O resultado deste teste produz frases gramaticais, aumentando a sua aceitabilidade em contextos contrastivos.
7. Ao mercado, o Rui foi.
8. Na estante envidraçada está o livro de linguística.
2.2. Valores sintáctico-semânticos das preposições a e em
Depois de termos visto os elementos constitutivos do SP, passamos a analisar os valores das preposições a e em, destacando a sua interpretação (importa salientar que neste projecto, estamos preocupados com a analise das preposições no concerne ao movimento ou situação e não analisaremos os outros valores destas).
Assim, temos:
A: preposição locativa (Meta) que exprime um movimento em direcção a um limite, ou seja, P. de movimento que introduz um [-SN] Meta (Mateus et alli, 2003:399), isto é locativa direccional (Vilela, 1999:337)
9. Vou a Itália com os meus primos.
10. Do Hospital a UP não é distante.
A preposição a pode ser introdutora de um SN Meta no sentido de Beneficiário, seja ele seleccionado por verbos, nomes ou adjectivos.
11. Dei uma pastilha à Lurdes.
12. Aquele livro foi útil à Teresa.
Em: preposição locativa (situativa) que exprime uma:
a) Superação de um limite de interioridade; alcance de uma situação dentro de um espaço, ou seja, em P. Loc. [- SN] Locativo, implicando movimento (Mateus et alli, 2003:400);
13. A lista de presenças passava de mesa em mesa, permitindo que todos os estudantes marcassem as presenças.
b) Situação ou posição no interior de um determinado espaço (dentro dos limites de), ou seja, em P. Loc. [- SN] Locativo, não implicando movimento (Mateus et alli, 2003:400), isto é, situativo (Vilela, 1999:336).
14. Trazia na pasta todos os cadernos de linguística descritiva dos anos passados.
15. O meu tio vive no Japão com a esposa e os filhos.
2.3. Tipos ou classes das preposições e locuções prepositivas
A partir da apresentação feita no ponto anterior é possível que um dos factores caracterizadores das preposições é o papel que assumem na marcação temática do seu complemento. Outro elemento importante é o que diz respeito à atribuição de caso.
Partindo deste pressuposto é possível distinguir (de acordo com Mateus et alli, 2003) três grandes tipos de preposições e locuções prepositivas:
i. As que maçam tematicamente os eus argumentos juntamente com outros predicadores;
Comecemos por ver o papel das preposições quando ligadas a certos verbos que são inerentemente reposicionados, por exemplo, o verbo de movimento ir a.
O verbo ir exprime um movimento de uma entidade a partir do lugar em que se situa o sujeito enunciador. Desde modo, este verbo pressupõe, ou melhor, tem na sua entrada lexical os papéis temáticos de Meta e de Fonte, respectivamente. Mas enquanto preposição de movimento, a contribui decisivamente para a marcação temática dos complementos que selecciona, por isso, verbo e preposição participam, conjuntamente, na marcação temática dos SN’s.
16. O João vai a [Portugal Meta], hoje.
Observemos agora o caso de em nos verbos de localização:
17. Ele colocou os livros na estante envidraçada.
Este verbo (colocar) é de localização e tem dois argumentos internos que marca tematicamente. Mas a marcação de um dos argumentos como Locativo só é realmente efectiva quando presente a preposição em.
ii. As que são os verdadeiros itens predicativos e por si sós marcam tematicamente os seus próprios argumentos;
Nestes casos, as preposições são por si sós as categorias de natureza predicativa.
18. O Presidente da Republica está em Inhambane.
19. O livro de linguística ficou em cima da mesa.
Estes verbos podem ser seguidos de predicados categorial e semanticamente muito diversificados e um mesmo verbo, por exemplo, estar, pode ser seguido de diferentes preposições. Isso mostra o papel determinante das preposições e locuções prepositivas na interpretação.
iii. As que têm um papel secundário na marcação temática e que são essencialmente marcadoras de caso.
Pelo facto de o português não ser uma língua de sistema casual, muitas preposições é que cumprem o papel similar ao de flexão casual. Quando os SN’s são plenos, a informação casual não é explícita, mas quando são pronomes pessoais é visível, não só a existência de flexão casual mas também a própria variação das formas conforme a natureza das preposições.
20. Dei um livro à Lurdes.
21. Comprei um livro à Lurdes.
Em 20 à Lurdes é a Meta e Beneficiário de dar, em 21, com o verbo comprar, à Lurdes tanto pode ser Meta com Fonte. É a partir das preposições que as informações atribuídas aos SN’s se justificam.
Metodologias de investigação
3.1. Tipo de pesquisa
Adoptaremos para este projecto a pesquisa qualitativa pois esta permitir-nos-á trabalharmos com dados estatísticos. Ainda na mesma usaremos o método experimental pois existirá pelo menos uma variável independente que poderemos manipular, esperando assim podermos ter uma ideia geral do nosso objecto dos nossos objectivos. De salientar que na nossa pesquisa iremos usar a observação molecular, estaremos virados apenas para os aspectos que dizem respeito a gramática.
3.2. Método de abordagem
Neste projecto serviremo-nos do método indutivo.
A preferência por este método para o presente projecto é justificada desejarmos partir pela observância de um determinado número de casos particulares para chegarmos a uma generalização do aqui pretendemos demonstrar.
Este é para nós o melhor caminho para que o nosso trabalho tenha um resultado que esteja a par das nossas aspirações (positivo).
3.3. Método de procedimento
Neste presente projecto usaremos o método comparativo, onde trabalharemos em três escolas secundárias, com 50 alunos de cada uma delas e por fim passaremos a comparação dos resultados obtidos em cada escola, para subsecutivamente passarmos às generalizações.
3.4. Técnicas e instrumentos de investigação
Neste projecto usaremos a observação directa e o questionário que serão dirigidos aos professores e alunos das escolas nas quais faremos a nossa pesquisa (recolha de dados).
Por meio do questionário pretendemos ver até que ponto os alunos são capazes de fazer um bom uso ou abuso das proposições e quais as causas que estão na génese de tais dificuldades.
A observação directa, por sua vez, nos permitirá conhecer e analisar o modo pelo qual os professores transmitem os conteúdos de gramática aos alunos.
Será ainda, por meio desta que nós poderemos avaliar e dar sugestões daquilo que deveria ser o ensino da gramática e qual deverá ser o modelo gramatical adequado para cada nível de escolarização.
3.5. Delimitação do universo
A nossa pequisa será realizada em algumas escolas da Cidade de Maputo, convenientemente seleccionadas tendo em conta a natureza do projecto e dos objectivos preconizados nomeadamente:
• Escola Secundária Josina Machel;
• Escola Secundária de Lhanguene;
• Instituto Comercial de Maputo.
Os inqueridos seleccionados são professores e alunos que nós achamo-los fiéis nas suas respostas, que não teriam a tentação de omissão de certos dados por os acharem indignos para as suas careiras profissional e ou estudantil que poriam em causa a própria instituição de ensino.
Assim sendo, eles estão distribuídos de acordo a tabela de amostragem a baixo apresentada.
3.6. Tabela de amostragem
Categoria dos inquiridos Número dos inquiridos Percentagem relativa
Professores 10 16.7%
Alunos 50 83.3%
Total 60 100%
Conclusão
Com base nos pontos acima vistos, podemos chegar a conclusão de que o ensino da gramática é indispensável para os falantes de uma determinada língua.
Não obstante, muitos programas de ensino e aprendizagem da língua, não têm em conta esta componente tão necessária no processo de ensino e aprendizagem.
Não é adequado aflorar de modo progressivo a gramática no sentido amplo e reenviarem-se os aprendentes e docentes para compêndios de gramática como consulta.
Podemos concluir, ainda, que a selecção da preposição a ou em não é aleatória, mas sim segue determinadas condições, que é missão da escola e do professor de língua transmitir aos alunos.
Assim, a relação que se estabelece entre palavras ligadas por intermédio de preposição pode implicar movimento ou não, isto é, pode exprimir movimento ou uma situação dai resultante.
Tanto o movimento como a situação podem ser considerados em referência ao espaço, ao tempo e à noção (Cunha e Cintra, 1999:553), sendo que na expressão de relações preposicionais com ideia de movimento considerado globalmente importa ter em conta a existência de um ponto limite em referência ao qual o movimento será de aproximação ou de afastamento.
Contudo, embora as preposições apresentem grande variedade de usos, bastante diferenciados no discurso, é possível estabelecer para cada uma delas uma significação fundamental, marcada pela expressão de movimento ou de situação resulatante.
Bibliografia
1. CUNHA, Celso e CINTRA, Luís F. Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo, 15ª edição, Edições João Sá da Costa, Liaboa, 1999.
2. Flumen, Porto, 2006.
3. GOMES, Álvaro. Gramática Pedagógica e Cultural da Língua Portuguesa – 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário, Edições
4. MATEUS, Maria Helena Mira et alli. Gramática da Língua Portuguesa, 3ª edição, Editorial Caminho, Lisboa, 1989.
5. MATEUS, Maria Helena Mira et alli. Gramática da Língua Portuguesa, 6ª edição, Editorial Caminho, Lisboa, 2003.
6. VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1999.
No presente projecto iremos fazer uma abordagem sobre as preposições a e em, em que, para além de apresentarmos os conceitos, características e valores destas preposições (seu uso e ou abuso pelos alunos visados), procuraremos propor algumas ideias para o melhoramento de tal ocorrência, em particular, e do ensino aprendizagem da Língua Portuguesa nas escolas do ensino secundário geral.
Assim este projecto será composto pelas seguintes partes:
Em primeiro plano, teremos a introdução, onde de forma geral, falaremos daquilo que é o nosso projecto, ou seja, apresentamos nesta fase o tema, a definição do problema, os objectivos (gerais e específicos), o problema, a hipótese, a importância do tema para o melhoramento do ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa e a motivação (justificativa) pela escolha do tema em estudo.
Em segundo lugar, dando continuidade ao nosso projecto, teremos o capítulo I, que corresponde à revisão da literatura, onde faremos uma abordagem que são as diferentes perspectivas dos diferentes autores, por nós consultados para a materialização deste projecto, sobre o tema em estudo.
Serão, ainda neste capítulo, apresentados os conceitos, as características, os valores semânticos e sintácticos das preposições e as classes a que as preposições em estudo pertencem.
Em seguida, termos, no capítulo II, a metodologia de investigação adoptada para este projecto, onde focalizaremos vários aspectos daquilo que são os métodos por nós usados para a concepção deste projecto (e, posteriormente, do trabalho final que daqui resultará).
Seguindo com o projecto, termos a conclusão, na qual apresentaremos as nossas conclusões em relação ao tema, aos problemas encontrados, bem a apresentação de algumas propostas para o melhoramento de tais problemas.
Por fim, teremos a calendarização, os instrumentos de recolha de dados/ investigação (apêndices) e a lista bibliográfica (bibliografia) das obras consultadas no âmbito da elaboração deste projecto.
Introdução
Neste projecto, cujo tema é "A selecção das preposições a e em, no PM", vamos procurar, em traços largos, percorrer alguns dos problemas que se levantam à volta da selecção e uso ou abuso das preposições a e em no PM, reflectir sobre a necessidade do seu ensino nas escolas das particularidades do funcionamento da língua, com especial enfoque à selecção e uso das preposições, em conformidade com o preconizado pelo cânone da Língua Portuguesa, ou seja, mostrar que a selecção e uso das preposições não feito de forma aleatória/ arbitraria, mas que há condições que são necessárias para a opção de uma e não outra preposição.
Procuraremos, ainda neste projecto, recordar mostrar a necessidade do conhecimento explícito da gramática. Pois, a gramática, sempre devia ser tida como fundamental, mas o seu poder não tem vindo a funcionar bem até, e em particular, neste momento.
Como podemos ver, nos programas actuais de língua não aparece a palavra gramática. O nosso objectivo, porém, é perspectivar a gramática como de uso ou gramática pedagógica, concebida para o ensino e aprendizagem da língua. Esta gramática deverá abranger não só os domínios tradicionais/ implícitos, mas também os elementos que completam e objectivam a aula de língua.
1.2. Definição do problema
Todo o problema de gramática nos alunos está directa ou indirectamente ligado a fraca existência de gramáticas escolares adequadas.
O facto de a Língua Portuguesa ser oficial no ensino em Moçambique remete a ideia de que seja bem usada pelos alunos (no que respeita aos seus cânones). Não obstante, há evidências de que apesar desta ser a base do ensino, ainda verificam-se dificuldades no seu uso por alunos e até por professores, no concernente ao uso das preposições a e em (em particular). É a partir deste ponto que nos achamos imperioso abordar o problema da fraca capacidade comunicativa (sem muitos erros) dos alunos.
Desta feita, o nosso problema central é:
• A falta de gramáticas académicas (pedagógicas) apropriadas;
• Qual seria o resultado do ensino e do uso adequado da língua se para além de se privilegiar o estudo/ ensino de textos (estrutura externa) se tratasse concretamente das particularidades da língua, no caso das particularidades do uso das preposições?
• Que vantagens teria a habilidade dos alunos, no concernente ao (multi) uso da língua para o seu aproveitamento na aprendizagem da língua, em particular, no desenvolvimento da sua competência comunicativa, em geral?
Estas questões constituirão o eixo de convergência da nossa pesquisa e ao longo desta procuraremos apresenta o nosso ponto de vista no respeitante aos problemas acima referenciados.
1.3. Hipótese
Parece que os falantes do PM usam a preposição em [+LOC] em com verbos de movimento, em detrimento da preposição a que é uma preposição que exprime/ indica movimento. Sendo que tal parece dever-se, em muitos casos, à falta de conhecimento aprofundado sobre a selecção/ uso das preposições e, em alguns casos, ao hábito que os falantes têm, no concernente ao uso das preposições (generalização no uso das preposições).
1.4. Objectivo geral
Neste projecto temos como objectivos gerais:
• Analisar os reais problemas da fraca capacidade do uso da preposição a, no PM;
• Conhecer as causas que estão na origem de tais problemas e as suas respectivas fontes;
1.5. Objectivo específico
• Identificar os problemas da fraca utilização da preposição a;
• Identificar as suas causas;
• Explicar preferência pelo uso da preposição em;
• Propor soluções para o melhoramento ou invectivação do uso das preposições a e em nos devidos contextos.
1.6. Importância do tema
O tema é de maior importância social, para além de constituir uma contribuição para o ensino da Língua Portuguesa. Irá contribuir para o melhoramento da competência comunicativa, oral e escrita, dos alunos, bem como contribuirá no desenvolvimento das capacidades de análise e de raciocínio do aluno mediante a um conhecimento explícito do modo como se organiza e funciona a Língua Portuguesa, nas suas diferentes particularidades contextuais.
1.7. Motivação
Foi-nos imperiosa a escolha deste tema ao deparámo-nos com certas situações de mau uso da língua, isto é, indivíduos que têm níveis académicos “elevados” e são simultaneamente detentores de graves problemas de comunicação, no concernente ao uso da língua, com particular enfoque para o uso das preposições a e em.
Tivemos a necessidade de chegar mais perto para ver quais são as possíveis origens desses problemas linguísticos para, posteriormente, propormos soluções para a resolução destes.
PREPOSIÇÕES A E EM, NO PM
Como já dizíamos, anteriormente, o nosso projecto vai gravitar em torno das preposições a e em. Com efeito, antes de começarmos o tratamento destas preposições, julgamos melhor, para um boa abordagem, apresentarmos os conceitos que os autores, por nós consultados, dão a este termo.
Assim, Cunha e Cintra (1999:551) definem preposições como sendo palavras invariáveis que relacionam dois termos de uma oração, de tal modo que o sentido do primeiro é explicado ou completado pelo segundo.
Ainda no âmbito do tratamento das preposições, Mateus et alli (2003:392) acrescenta à definição acima apresenta o facto de as preposições (e locuções prepositivas) se aproximarem dos advérbios e das conjunções (por não serem flexionadas) e, com efeito, são categorias lexicais porque seleccionam complementos e estão-lhes associados valores semânticos, sendo, em alguns casos marcas de caso e, pelo menos em alguns dos seus valores, sofrem um processo de reanálise, comportando-se como complementadores, como, por exemplo, o que acontece com para quando introduz orações infinitivas.
1. Eu disse para tu ires ao mercado.
A partir dos conceitos apresentados podemos prever o comportamento (características) das preposições. Porém, há que salientarmos que na classe das preposições temos a subclasse das preposições simples (quando expressas por um só vocábulo) e a subclasse das preposições compostas (Cunha e Cintra, 1999:551) ou locuções prepositivas (quando constituídas de dois ou mais vocábulos, sendo um deles uma preposição simples).
Após termos apresentado o conceito de preposição, passaremos a fazer a análise do comportamento desta na frase, ou seja, com as categorias que a elas se juntam.
2.1. Estrutura do sintagma preposicional: posições e valores sintácticos
Como já é do nosso conhecimento, a preposição juntamente com um elemento de uma outra categoria forma a categoria sintagmática SP, na qual ela é o seu núcleo, ou seja, uma preposição ou uma locução prepositiva que tem a propriedade de seleccionar um complemento (Mateus et alli, 2003:392), por isso, não podem ocorrer isoladamente (por serem categorias relacionais), devendo serem seguidas de um SN ou de uma frase (finita ou infinitiva).
2. *está em / está em casa
*vou a / vou à escola
No entanto, há algumas preposições ou locuções prepositivas que podem ocorrer sozinhas, mas deve-se presumir que os seus argumentos sejam nulos.
3. Siga em frente.
4. O Júlio está contra.
O SP, segundo Mateus et all (2003), pode ser complemento do SN, do SA, do SV, bem como desempenhar na frase diferentes funções sintácticas, como é o caso de nome predicativo do sujeito, ser adjunto de vários tipos de categorias, particularmente do SV (não sendo então seleccionado por V).
5. O Rui foi ao mercado. (SP seleccionado por V ir – [SP,SV])
6. O livro de linguística está na estante envidraçada. (SP PRED SU)
Portanto, o carácter de constituinte de SP pode ser comprovado pela possibilidade de ser deslocado ou destacado por determinados processos sintácticos, como a topicalização. O resultado deste teste produz frases gramaticais, aumentando a sua aceitabilidade em contextos contrastivos.
7. Ao mercado, o Rui foi.
8. Na estante envidraçada está o livro de linguística.
2.2. Valores sintáctico-semânticos das preposições a e em
Depois de termos visto os elementos constitutivos do SP, passamos a analisar os valores das preposições a e em, destacando a sua interpretação (importa salientar que neste projecto, estamos preocupados com a analise das preposições no concerne ao movimento ou situação e não analisaremos os outros valores destas).
Assim, temos:
A: preposição locativa (Meta) que exprime um movimento em direcção a um limite, ou seja, P. de movimento que introduz um [-SN] Meta (Mateus et alli, 2003:399), isto é locativa direccional (Vilela, 1999:337)
9. Vou a Itália com os meus primos.
10. Do Hospital a UP não é distante.
A preposição a pode ser introdutora de um SN Meta no sentido de Beneficiário, seja ele seleccionado por verbos, nomes ou adjectivos.
11. Dei uma pastilha à Lurdes.
12. Aquele livro foi útil à Teresa.
Em: preposição locativa (situativa) que exprime uma:
a) Superação de um limite de interioridade; alcance de uma situação dentro de um espaço, ou seja, em P. Loc. [- SN] Locativo, implicando movimento (Mateus et alli, 2003:400);
13. A lista de presenças passava de mesa em mesa, permitindo que todos os estudantes marcassem as presenças.
b) Situação ou posição no interior de um determinado espaço (dentro dos limites de), ou seja, em P. Loc. [- SN] Locativo, não implicando movimento (Mateus et alli, 2003:400), isto é, situativo (Vilela, 1999:336).
14. Trazia na pasta todos os cadernos de linguística descritiva dos anos passados.
15. O meu tio vive no Japão com a esposa e os filhos.
2.3. Tipos ou classes das preposições e locuções prepositivas
A partir da apresentação feita no ponto anterior é possível que um dos factores caracterizadores das preposições é o papel que assumem na marcação temática do seu complemento. Outro elemento importante é o que diz respeito à atribuição de caso.
Partindo deste pressuposto é possível distinguir (de acordo com Mateus et alli, 2003) três grandes tipos de preposições e locuções prepositivas:
i. As que maçam tematicamente os eus argumentos juntamente com outros predicadores;
Comecemos por ver o papel das preposições quando ligadas a certos verbos que são inerentemente reposicionados, por exemplo, o verbo de movimento ir a.
O verbo ir exprime um movimento de uma entidade a partir do lugar em que se situa o sujeito enunciador. Desde modo, este verbo pressupõe, ou melhor, tem na sua entrada lexical os papéis temáticos de Meta e de Fonte, respectivamente. Mas enquanto preposição de movimento, a contribui decisivamente para a marcação temática dos complementos que selecciona, por isso, verbo e preposição participam, conjuntamente, na marcação temática dos SN’s.
16. O João vai a [Portugal Meta], hoje.
Observemos agora o caso de em nos verbos de localização:
17. Ele colocou os livros na estante envidraçada.
Este verbo (colocar) é de localização e tem dois argumentos internos que marca tematicamente. Mas a marcação de um dos argumentos como Locativo só é realmente efectiva quando presente a preposição em.
ii. As que são os verdadeiros itens predicativos e por si sós marcam tematicamente os seus próprios argumentos;
Nestes casos, as preposições são por si sós as categorias de natureza predicativa.
18. O Presidente da Republica está em Inhambane.
19. O livro de linguística ficou em cima da mesa.
Estes verbos podem ser seguidos de predicados categorial e semanticamente muito diversificados e um mesmo verbo, por exemplo, estar, pode ser seguido de diferentes preposições. Isso mostra o papel determinante das preposições e locuções prepositivas na interpretação.
iii. As que têm um papel secundário na marcação temática e que são essencialmente marcadoras de caso.
Pelo facto de o português não ser uma língua de sistema casual, muitas preposições é que cumprem o papel similar ao de flexão casual. Quando os SN’s são plenos, a informação casual não é explícita, mas quando são pronomes pessoais é visível, não só a existência de flexão casual mas também a própria variação das formas conforme a natureza das preposições.
20. Dei um livro à Lurdes.
21. Comprei um livro à Lurdes.
Em 20 à Lurdes é a Meta e Beneficiário de dar, em 21, com o verbo comprar, à Lurdes tanto pode ser Meta com Fonte. É a partir das preposições que as informações atribuídas aos SN’s se justificam.
Metodologias de investigação
3.1. Tipo de pesquisa
Adoptaremos para este projecto a pesquisa qualitativa pois esta permitir-nos-á trabalharmos com dados estatísticos. Ainda na mesma usaremos o método experimental pois existirá pelo menos uma variável independente que poderemos manipular, esperando assim podermos ter uma ideia geral do nosso objecto dos nossos objectivos. De salientar que na nossa pesquisa iremos usar a observação molecular, estaremos virados apenas para os aspectos que dizem respeito a gramática.
3.2. Método de abordagem
Neste projecto serviremo-nos do método indutivo.
A preferência por este método para o presente projecto é justificada desejarmos partir pela observância de um determinado número de casos particulares para chegarmos a uma generalização do aqui pretendemos demonstrar.
Este é para nós o melhor caminho para que o nosso trabalho tenha um resultado que esteja a par das nossas aspirações (positivo).
3.3. Método de procedimento
Neste presente projecto usaremos o método comparativo, onde trabalharemos em três escolas secundárias, com 50 alunos de cada uma delas e por fim passaremos a comparação dos resultados obtidos em cada escola, para subsecutivamente passarmos às generalizações.
3.4. Técnicas e instrumentos de investigação
Neste projecto usaremos a observação directa e o questionário que serão dirigidos aos professores e alunos das escolas nas quais faremos a nossa pesquisa (recolha de dados).
Por meio do questionário pretendemos ver até que ponto os alunos são capazes de fazer um bom uso ou abuso das proposições e quais as causas que estão na génese de tais dificuldades.
A observação directa, por sua vez, nos permitirá conhecer e analisar o modo pelo qual os professores transmitem os conteúdos de gramática aos alunos.
Será ainda, por meio desta que nós poderemos avaliar e dar sugestões daquilo que deveria ser o ensino da gramática e qual deverá ser o modelo gramatical adequado para cada nível de escolarização.
3.5. Delimitação do universo
A nossa pequisa será realizada em algumas escolas da Cidade de Maputo, convenientemente seleccionadas tendo em conta a natureza do projecto e dos objectivos preconizados nomeadamente:
• Escola Secundária Josina Machel;
• Escola Secundária de Lhanguene;
• Instituto Comercial de Maputo.
Os inqueridos seleccionados são professores e alunos que nós achamo-los fiéis nas suas respostas, que não teriam a tentação de omissão de certos dados por os acharem indignos para as suas careiras profissional e ou estudantil que poriam em causa a própria instituição de ensino.
Assim sendo, eles estão distribuídos de acordo a tabela de amostragem a baixo apresentada.
3.6. Tabela de amostragem
Categoria dos inquiridos Número dos inquiridos Percentagem relativa
Professores 10 16.7%
Alunos 50 83.3%
Total 60 100%
Conclusão
Com base nos pontos acima vistos, podemos chegar a conclusão de que o ensino da gramática é indispensável para os falantes de uma determinada língua.
Não obstante, muitos programas de ensino e aprendizagem da língua, não têm em conta esta componente tão necessária no processo de ensino e aprendizagem.
Não é adequado aflorar de modo progressivo a gramática no sentido amplo e reenviarem-se os aprendentes e docentes para compêndios de gramática como consulta.
Podemos concluir, ainda, que a selecção da preposição a ou em não é aleatória, mas sim segue determinadas condições, que é missão da escola e do professor de língua transmitir aos alunos.
Assim, a relação que se estabelece entre palavras ligadas por intermédio de preposição pode implicar movimento ou não, isto é, pode exprimir movimento ou uma situação dai resultante.
Tanto o movimento como a situação podem ser considerados em referência ao espaço, ao tempo e à noção (Cunha e Cintra, 1999:553), sendo que na expressão de relações preposicionais com ideia de movimento considerado globalmente importa ter em conta a existência de um ponto limite em referência ao qual o movimento será de aproximação ou de afastamento.
Contudo, embora as preposições apresentem grande variedade de usos, bastante diferenciados no discurso, é possível estabelecer para cada uma delas uma significação fundamental, marcada pela expressão de movimento ou de situação resulatante.
Bibliografia
1. CUNHA, Celso e CINTRA, Luís F. Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo, 15ª edição, Edições João Sá da Costa, Liaboa, 1999.
2. Flumen, Porto, 2006.
3. GOMES, Álvaro. Gramática Pedagógica e Cultural da Língua Portuguesa – 3º Ciclo do Ensino Básico e Ensino Secundário, Edições
4. MATEUS, Maria Helena Mira et alli. Gramática da Língua Portuguesa, 3ª edição, Editorial Caminho, Lisboa, 1989.
5. MATEUS, Maria Helena Mira et alli. Gramática da Língua Portuguesa, 6ª edição, Editorial Caminho, Lisboa, 2003.
6. VILELA, Mário. Gramática da Língua Portuguesa, 2ª edição, Livraria Almedina, Coimbra, 1999.
EMPREGO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO
Há certos recursos da linguagem - pausa, melodia, entonação e até mesmo, silêncio - que só estão presentes na oralidade. Na linguagem escrita, para substituir tais recursos, usamos os sinais de pontuação. Estes são também usados para destacar palavras, expressões ou orações e esclarecer o sentido de frases, a fim de dissipar qualquer tipo de ambigüidade.
1.Vírgula
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
a) para separar os elementos mencionados numa relação:
A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias. O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
NOTA
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
b) para isolar o vocativo:
Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
c) para isolar o aposto:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):
Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
f) para isolar elementos repetidos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:
São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 1995.
h) para isolar os adjuntos adverbiais:
A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
k) para separar o paralelismo de provérbios:
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
Com muito amor,
Respeitosamente,
m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
n) para isolar orações intercaladas:
Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.
2. Ponto
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
3. Ponto-e-vírgula
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
. . . . . . . .
(Constituição da República Federativa do Brasil)
4. Dois-pontos
Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
NOTA
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
Querida amiga:
Prezados senhores,
5. Ponto de interrogação
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
6. Ponto de exclamação
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
7. Reticências
As reticências são empregadas para:
a) assinalar interrupção do pensamento:
- Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...
(Júlio Dinis)
b) indicar passos que são suprimidos de um texto:
O primeiro e crucial problema de lingüística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a lingüística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos...
(Mattoso Camara Jr.)
c) marcar aumento de emoção:
As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: "Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te.
(Camilo Castelo Branco)
8. Aspas
As aspas são empregadas:
a) antes e depois de citações textuais:
Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana".
b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares:
O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.
(Veja)
Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende "deletar" para sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas obscenas.
(Veja)
Popularidade no "xilindró"
Preso há dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da população e quer uma delegada para primeira-dama.
(Veja)
Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente.
c) para realçar uma palavra ou expressão:
Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro.
Aquela "vertigem súbita" na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados.
9. Travessão
Emprega-se o travessão para:
a) indicar a mudança de interlocutor no diálogo:
- Que gente é aquela, seu Alberto?
- São japoneses.
- Japoneses? E... é gente como nós?
- É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.
- Mas, então não são índios?
(Ferreira de Castro)
b) colocar em relevo certas palavras ou expressões:
Maria José sempre muito generosa - sem ser artificial ou piegas - a perdoou sem restrições.
Um grupo de turistas estrangeiros - todos muito ruidosos - invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados.
c) substituir a vírgula ou os dois pontos:
Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana - acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase.
(Raul Pompéia)
d) ligar palavras ou grupos de palavras que formam um "conjunto" no enunciado:
A ponte Rio-Niterói está sendo reformada.
O triângulo Paris-Milão-Nova York está sendo ameaçado, no mundo da moda, pela ascensão dos estilistas do Japão.
10. Parênteses
Os parênteses são empregados para:
a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário:
Todo signo lingüístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante (unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou idéia).
b) incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.):
Mattoso Camara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado.
c) indicar marcações cênicas numa peça de teatro:
Abelardo I - Que fim levou o americano?
João - Decerto caiu no copo de uísque!
Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!
(sai pela direita)
(Oswald de Andrade)
d) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões:
Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.
11. Asterisco
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para:
a) remissão a uma nota no pé da página ou no fim de um capítulo de um livro:
Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria etc.
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras.
b) substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar:
O Dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de produtos adequados para assepsia.
Pontuação ou Pontoação é o recurso que permite, através de um conjunto sistematizado de sinais gráficos e não gráficos, expressar na língua escrita um espectro de matizes rítmicas e melódicas características da língua falada. No intuito de suprir esta lacuna e tentar aproximar a escrita da variedade da elocução oral, recorre-se à pontuação.
Existem alguns sinais básicos de pontuação. São eles:
• Ponto (.) — Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo. Também usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.)
Exemplo: Ele foi a Disney.Mr. Bean usa Verde no Mini Cooper.
• Vírgula (,) — Marca uma pequena pausa. É usada para separar: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as coordenadas assindéticas não ligadas por conjunções; as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia e porém. Deve-se evitar o uso desnecessário da virgula, pois dificulta a leitura do texto. Todavia, ela não deve ser esquecida. NOTA: Quando usa-se o e em frases enumerativas, nao devemos esquecer da virgula.
Exemplo: Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
• Ponto e vírgula (;) — Sinal intermédio entre o ponto e a vírgula que indica que a frase não está finalizada. Também representa uma pausa, mais longa que a vírgula e mais breve que o ponto. Usa-se: em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.
• Dois pontos (:) — Marcam uma pausa e anunciam: uma citação; uma fala; uma enumeração; um esclarecimento; uma síntese.
• Ponto de interrogação (?) — Usa-se no final de uma frase interrogativa direta e indica uma pergunta.
• Ponto de exclamação (!) — Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, ironia e surpresa.
• Reticências (…) — Marcam uma interrupção na frase indicando que o sentido da oração ficou incompleto.
• Aspas ("…") — Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão.
• Parênteses ( ( ) ) — Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto.
• Travessão (—) — Marca: o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses.
• Meia‐risca (–) — Separa extremidades de intervalos.
• Parágrafo — Constitui cada uma das secções de frases de um escrito; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
• Colchetes ([]) — utilizados na linguagem científica.
• Asterisco (*) — empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
• Barra (/) — aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
Por: Albino V. Macuácua e Nélis F. Elias
1.Vírgula
Emprega-se a vírgula (uma breve pausa):
a) para separar os elementos mencionados numa relação:
A nossa empresa está contratando engenheiros, economistas, analistas de sistemas e secretárias. O apartamento tem três quartos, sala de visitas, sala de jantar, área de serviço e dois banheiros.
NOTA
Mesmo que o e venha repetido antes de cada um dos elementos da enumeração, a vírgula deve ser empregada:
Rodrigo estava nervoso. Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
b) para isolar o vocativo:
Cristina, desligue já esse telefone!
Por favor, Ricardo, venha até o meu gabinete.
c) para isolar o aposto:
Dona Sílvia, aquela mexeriqueira do quarto andar, ficou presa no elevador.
Rafael, o gênio da pintura italiana, nasceu em Urbino.
d) para isolar palavras e expressões explicativas (a saber, por exemplo, isto é, ou melhor, aliás, além disso etc.):
Gastamos R$ 5.000,00 na reforma do apartamento, isto é, tudo o que tínhamos economizado durante anos.
Eles viajaram para a América do Norte, aliás, para o Canadá.
e) para isolar o adjunto adverbial antecipado:
Lá no sertão, as noites são escuras e perigosas.
Ontem à noite, fomos todos jantar fora.
f) para isolar elementos repetidos:
O palácio, o palácio está destruído.
Estão todos cansados, cansados de dar dó!
g) para isolar, nas datas, o nome do lugar:
São Paulo, 22 de maio de 1995.
Roma, 13 de dezembro de 1995.
h) para isolar os adjuntos adverbiais:
A multidão foi, aos poucos, avançando para o palácio.
Os candidatos serão atendidos, das sete às onze, pelo próprio gerente.
i) para isolar as orações coordenadas, exceto as introduzidas pela conjunção e:
Ele já enganou várias pessoas, logo não é digno de confiança.
Você pode usar o meu carro, mas tome muito cuidado ao dirigir.
Não compareci ao trabalho ontem, pois estava doente.
j) para indicar a elipse de um elemento da oração:
Foi um grande escândalo. Às vezes gritava; outras, estrebuchava como um animal.
Não se sabe ao certo. Paulo diz que ela se suicidou, a irmã, que foi um acidente.
k) para separar o paralelismo de provérbios:
Ladrão de tostão, ladrão de milhão.
Ouvir cantar o galo, sem saber onde.
l) após a saudação em correspondência (social e comercial):
Com muito amor,
Respeitosamente,
m) para isolar as orações adjetivas explicativas:
Marina, que é uma criatura maldosa, "puxou o tapete" de Juliana lá no trabalho.
Vidas Secas, que é um romance contemporâneo, foi escrito por Graciliano Ramos.
n) para isolar orações intercaladas:
Não lhe posso garantir nada, respondi secamente.
O filme, disse ele, é fantástico.
2. Ponto
Emprega-se o ponto, basicamente, para indicar o término de um frase declarativa de um período simples ou composto.
Desejo-lhe uma feliz viagem.
A casa, quase sempre fechada, parecia abandonada, no entanto tudo no seu interior era conservado com primor.
O ponto é também usado em quase todas as abreviaturas, por exemplo: fev. = fevereiro, hab. = habitante, rod. = rodovia.
O ponto que é empregado para encerrar um texto escrito recebe o nome de ponto final.
3. Ponto-e-vírgula
Utiliza-se o ponto-e-vírgula para assinalar uma pausa maior do que a da vírgula, praticamente uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.
Geralmente, emprega-se o ponto-e-vírgula para:
a) separar orações coordenadas que tenham um certo sentido ou aquelas que já apresentam separação por vírgula:
Criança, foi uma garota sapeca; moça, era inteligente e alegre; agora, mulher madura, tornou-se uma doidivanas.
b) separar vários itens de uma enumeração:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
IV - gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
. . . . . . . .
(Constituição da República Federativa do Brasil)
4. Dois-pontos
Os dois-pontos são empregados para:
a) uma enumeração:
... Rubião recordou a sua entrada no escritório do Camacho, o modo porque falou: e daí tornou atrás, ao próprio ato.
Estirado no gabinete, evocou a cena: o menino, o carro, os cavalos, o grito, o salto que deu, levado de um ímpeto irresistível...
(Machado de Assis)
b) uma citação:
Visto que ela nada declarasse, o marido indagou:
- Afinal, o que houve?
c) um esclarecimento:
Joana conseguira enfim realizar seu desejo maior: seduzir Pedro. Não porque o amasse, mas para magoar Lucila.
Observe que os dois-pontos são também usados na introdução de exemplos, notas ou observações.
Parônimos são vocábulos diferentes na significação e parecidos na forma. Exemplos: ratificar/retificar, censo/senso, descriminar/discriminar etc.
Nota: A preposição per, considerada arcaica, somente é usada na frase de per si (= cada um por sua vez, isoladamente).
Observação: Na linguagem coloquial pode-se aplicar o grau diminutivo a alguns advérbios: cedinho, longinho, melhorzinho, pouquinho etc.
NOTA
A invocação em correspondência (social ou comercial) pode ser seguida de dois-pontos ou de vírgula:
Querida amiga:
Prezados senhores,
5. Ponto de interrogação
O ponto de interrogação é empregado para indicar uma pergunta direta, ainda que esta não exija resposta:
O criado pediu licença para entrar:
- O senhor não precisa de mim?
- Não obrigado. A que horas janta-se?
- Às cinco, se o senhor não der outra ordem.
- Bem.
- O senhor sai a passeio depois do jantar? de carro ou a cavalo?
- Não.
(José de Alencar)
6. Ponto de exclamação
O ponto de exclamação é empregado para marcar o fim de qualquer enunciado com entonação exclamativa, que normalmente exprime admiração, surpresa, assombro, indignação etc.
- Viva o meu príncipe! Sim, senhor... Eis aqui um comedouro muito compreensível e muito repousante, Jacinto!
- Então janta, homem!
(Eça de Queiroz)
NOTA
O ponto de exclamação é também usado com interjeições e locuções interjetivas:
Oh!
Valha-me Deus!
7. Reticências
As reticências são empregadas para:
a) assinalar interrupção do pensamento:
- Bem; eu retiro-me, que sou prudente. Levo a consciência de que fiz o meu dever. Mas o mundo saberá...
(Júlio Dinis)
b) indicar passos que são suprimidos de um texto:
O primeiro e crucial problema de lingüística geral que Saussure focalizou dizia respeito à natureza da linguagem. Encarava-a como um sistema de signos... Considerava a lingüística, portanto, com um aspecto de uma ciência mais geral, a ciência dos signos...
(Mattoso Camara Jr.)
c) marcar aumento de emoção:
As palavras únicas de Teresa, em resposta àquela carta, significativa da turvação do infeliz, foram estas: "Morrerei, Simão, morrerei. Perdoa tu ao meu destino... Perdi-te... Bem sabes que sorte eu queria dar-te... e morro, porque não posso, nem poderei jamais resgatar-te.
(Camilo Castelo Branco)
8. Aspas
As aspas são empregadas:
a) antes e depois de citações textuais:
Roulet afirma que "o gramático deveria descrever a língua em uso em nossa época, pois é dela que os alunos necessitam para a comunicação quotidiana".
b) para assinalar estrangeirismos, neologismos, gírias e expressões populares ou vulgares:
O "lobby" para que se mantenha a autorização de importação de pneus usados no Brasil está cada vez mais descarado.
(Veja)
Na semana passada, o senador republicano Charles Grassley apresentou um projeto de lei que pretende "deletar" para sempre dos monitores de crianças e adolescentes as cenas consideradas obscenas.
(Veja)
Popularidade no "xilindró"
Preso há dois anos, o prefeito de Rio Claro tem apoio da população e quer uma delegada para primeira-dama.
(Veja)
Com a chegada da polícia, os três suspeitos "puxaram o carro" rapidamente.
c) para realçar uma palavra ou expressão:
Ele reagiu impulsivamente e lhe deu um "não" sonoro.
Aquela "vertigem súbita" na vida financeira de Ricardo afastou-lhe os amigos dissimulados.
9. Travessão
Emprega-se o travessão para:
a) indicar a mudança de interlocutor no diálogo:
- Que gente é aquela, seu Alberto?
- São japoneses.
- Japoneses? E... é gente como nós?
- É. O Japão é um grande país. A única diferença é que eles são amarelos.
- Mas, então não são índios?
(Ferreira de Castro)
b) colocar em relevo certas palavras ou expressões:
Maria José sempre muito generosa - sem ser artificial ou piegas - a perdoou sem restrições.
Um grupo de turistas estrangeiros - todos muito ruidosos - invadiu o saguão do hotel no qual estávamos hospedados.
c) substituir a vírgula ou os dois pontos:
Cruel, obscena, egoísta, imoral, indômita, eternamente selvagem, a arte é a superioridade humana - acima dos preceitos que se combatem, acima das religiões que passam, acima da ciência que se corrige; embriaga como a orgia e como o êxtase.
(Raul Pompéia)
d) ligar palavras ou grupos de palavras que formam um "conjunto" no enunciado:
A ponte Rio-Niterói está sendo reformada.
O triângulo Paris-Milão-Nova York está sendo ameaçado, no mundo da moda, pela ascensão dos estilistas do Japão.
10. Parênteses
Os parênteses são empregados para:
a) destacar num texto qualquer explicação ou comentário:
Todo signo lingüístico é formado de duas partes associadas e inseparáveis, isto é, o significante (unidade formada pela sucessão de fonemas) e o significado (conceito ou idéia).
b) incluir dados informativos sobre bibliografia (autor, ano de publicação, página etc.):
Mattoso Camara (1977:91) afirma que, às vezes, os preceitos da gramática e os registros dos dicionários são discutíveis: consideram erro o que já poderia ser admitido e aceitam o que poderia, de preferência, ser posto de lado.
c) indicar marcações cênicas numa peça de teatro:
Abelardo I - Que fim levou o americano?
João - Decerto caiu no copo de uísque!
Abelardo I - Vou salvá-lo. Até já!
(sai pela direita)
(Oswald de Andrade)
d) isolar orações intercaladas com verbos declarativos, em substituição à vírgula e aos travessões:
Afirma-se (não se prova) que é muito comum o recebimento de propina para que os carros apreendidos sejam liberados sem o recolhimento das multas.
11. Asterisco
O asterisco, sinal gráfico em forma de estrela, é um recurso empregado para:
a) remissão a uma nota no pé da página ou no fim de um capítulo de um livro:
Ao analisarmos as palavras sorveteria, sapataria, confeitaria, leiteria e muitas outras que contêm o morfema preso* -aria e seu alomorfe -eria, chegamos à conclusão de que este afixo está ligado a estabelecimento comercial. Em alguns contextos pode indicar atividades, como em: bruxaria, gritaria, patifaria etc.
* É o morfema que não possui significação autônoma e sempre aparece ligado a outras palavras.
b) substituição de um nome próprio que não se deseja mencionar:
O Dr.* afirmou que a causa da infecção hospitalar na Casa de Saúde Municipal está ligada à falta de produtos adequados para assepsia.
Pontuação ou Pontoação é o recurso que permite, através de um conjunto sistematizado de sinais gráficos e não gráficos, expressar na língua escrita um espectro de matizes rítmicas e melódicas características da língua falada. No intuito de suprir esta lacuna e tentar aproximar a escrita da variedade da elocução oral, recorre-se à pontuação.
Existem alguns sinais básicos de pontuação. São eles:
• Ponto (.) — Usa-se no final do período, indicando que o sentido está completo. Também usado nas abreviaturas (Dr., Exa., Sr.)
Exemplo: Ele foi a Disney.Mr. Bean usa Verde no Mini Cooper.
• Vírgula (,) — Marca uma pequena pausa. É usada para separar: o aposto; o vocativo; o atributo; os elementos de um sintagma não ligados pelas conjunções e, ou, nem; as coordenadas assindéticas não ligadas por conjunções; as orações relativas; as orações intercaladas; as orações subordinadas e as adversativas introduzidas por mas, contudo, todavia e porém. Deve-se evitar o uso desnecessário da virgula, pois dificulta a leitura do texto. Todavia, ela não deve ser esquecida. NOTA: Quando usa-se o e em frases enumerativas, nao devemos esquecer da virgula.
Exemplo: Andava pelos cantos, e gesticulava, e falava em voz alta, e ria, e roía as unhas.
• Ponto e vírgula (;) — Sinal intermédio entre o ponto e a vírgula que indica que a frase não está finalizada. Também representa uma pausa, mais longa que a vírgula e mais breve que o ponto. Usa-se: em frases constituídas por várias orações, algumas das quais já contêm uma ou mais vírgulas; para separar frases subordinadas dependentes de uma subordinante; como substituição da vírgula na separação da oração coordenada adversativa da oração principal.
• Dois pontos (:) — Marcam uma pausa e anunciam: uma citação; uma fala; uma enumeração; um esclarecimento; uma síntese.
• Ponto de interrogação (?) — Usa-se no final de uma frase interrogativa direta e indica uma pergunta.
• Ponto de exclamação (!) — Usa-se no final de qualquer frase que exprime sentimentos, emoções, dor, ironia e surpresa.
• Reticências (…) — Marcam uma interrupção na frase indicando que o sentido da oração ficou incompleto.
• Aspas ("…") — Usam-se para delimitar citações; para referir títulos de obras; para realçar uma palavra ou expressão.
• Parênteses ( ( ) ) — Marcam uma observação ou informação acessória intercalada no texto.
• Travessão (—) — Marca: o início e o fim das falas em um diálogo, para distinguir cada um dos interlocutores; as orações intercaladas; as sínteses no final de um texto. Também usado para substituir os parênteses.
• Meia‐risca (–) — Separa extremidades de intervalos.
• Parágrafo — Constitui cada uma das secções de frases de um escrito; começa por letra maiúscula, um pouco além do ponto em que começam as outras linhas.
• Colchetes ([]) — utilizados na linguagem científica.
• Asterisco (*) — empregado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação).
• Barra (/) — aplicada nas abreviações das datas e em algumas abreviaturas.
Por: Albino V. Macuácua e Nélis F. Elias
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
DIFERENTES USOS DE "PORQUE"
A. Uso do porquê
1. Observe, atentamente, estas frases:
a. Os homens resolvem os problemas de convivência, porque dão sinais uns aos outros.
b. Não consegui saber o porquê do problema.
c. Esta é a razão por que aceito a sua proposta.
d. Por que a Vasp não comprou o Cruzeiro?
e. A Vasp não comprou o cruzeiro, por quê?
f. Eu não sei por quê, mas ela não veio.
2. Agora, complete as frases abaixo:
a. _______________________ você não paga a conta?
b. Não pago ___________________ estou sem dinheiro.
c. Nós sabemos o ______________________ da revolta.
d. A infância é a fase dos _________________________.
e. ________________________ estamos neste mundo?
f. Foste lá, ___________________________?
g. Eu sei a razão ______________________ as fotografias não foram reveladas.
h. O ideal ______________________ lutamos é elevado.
i. ______________________ ele ri tanto?
j. Você poderia explicar-me __________________________ disso tudo?
k. Vale a pena viver ___________________ encontro compreensão.
l. Você escreve mal ______________ exercita pouco.
m. Eu não fui à escola. você sabe __________________________?
3. Do que observou, pode-se concluir:
a. Usa-se porque quando ______________________________________________
b. Usa-se porquê quando ____________________________________________
c. Usa-se por que quando _____________________________________________
d. Usa-se por quê quando _____________________________________________
4. Justifica o emprego dos porquês:
a. Por que duvidas de mim? ___________________________________________
b. A nossa equipe não conseguiu vencer porque estava sem preparação física.
___________________________________________________________________
c. Poderia dizer-me o porquê de tanta satisfação? __________________________
______________________________________________________________
d. Sabe por quê? ________________________________________________
B. Uso do senão e se não
Observe, atentamente, estas frases:
a. Luta, senão está perdido.
b. Não era ouro nem prata, senão ferro.
c. Ninguém, senão os irmãos Correia, compareceu à cerimónia.
d. Não encontrei um, senão na apresentação da peça.
e. Se não for possível despachar a mercadoria, telefone-me.
f. Havia dois jogadores, se não três.
1. Escreva senão ou se não:
a. Quem poderia ser ___________________ você?
b. Acha que haveria duzentas pessoas em frente ao televisor _____________ tivesse uma boa imagem?
c. É aconselhável desligar o botão, ____________________ o senhor não vai conseguir ficar quieto.
d. A vida é __________________ um sonho.
e. Apresse-se _________________ chegaremos atrasados.
f. __________________ chover iremos passear.
g. __________________ não sabe procure informar-se.
h. Não era nem um deles, _______________ uma verdadeira multidão.
i. Feche a porta, __________________ você se resfria.
j. _______________ trouxer os documentos não poderá entrar.
k. Ninguém, _____________ você, me escreveu.
l. Apliquei nota máxima porque não existiu nenhum ______________ neste trabalho.
m. Anote o meu endereço, _________________ você esquece.
n. Criança não quer outra coisa ________________ brincar.
o. ______________ fizer sol, não iremos à praia.
C. Transforme as subordinadas adverbiais de acordo com as indicações e apresente as circunstâncias expressas:
1. Quando o despertador tocar, levanta-te logo.
Or. Gerundiva: __________________________________________________________
Or. Infinitiva: _______________________________________________________
2. Estando cheio de terror, o preso suplicou clemência.
Or. Conjuncional: _______________________________________________________
Or. Participial: _____________________________________________________
Or. Infinitiva: ______________________________________________________
3. Por mais que tentasse, não conseguia cantar bem.
Or. Gerundiva: __________________________________________________________
Or. Conjuncional: _____________________________________________________
Or. Infinitiva: ________________________________________________________
4. Recomeçando o exercício, percebeu o seu erro.
Or. Infinitiva: ________________________________________________________
1. Observe, atentamente, estas frases:
a. Os homens resolvem os problemas de convivência, porque dão sinais uns aos outros.
b. Não consegui saber o porquê do problema.
c. Esta é a razão por que aceito a sua proposta.
d. Por que a Vasp não comprou o Cruzeiro?
e. A Vasp não comprou o cruzeiro, por quê?
f. Eu não sei por quê, mas ela não veio.
2. Agora, complete as frases abaixo:
a. _______________________ você não paga a conta?
b. Não pago ___________________ estou sem dinheiro.
c. Nós sabemos o ______________________ da revolta.
d. A infância é a fase dos _________________________.
e. ________________________ estamos neste mundo?
f. Foste lá, ___________________________?
g. Eu sei a razão ______________________ as fotografias não foram reveladas.
h. O ideal ______________________ lutamos é elevado.
i. ______________________ ele ri tanto?
j. Você poderia explicar-me __________________________ disso tudo?
k. Vale a pena viver ___________________ encontro compreensão.
l. Você escreve mal ______________ exercita pouco.
m. Eu não fui à escola. você sabe __________________________?
3. Do que observou, pode-se concluir:
a. Usa-se porque quando ______________________________________________
b. Usa-se porquê quando ____________________________________________
c. Usa-se por que quando _____________________________________________
d. Usa-se por quê quando _____________________________________________
4. Justifica o emprego dos porquês:
a. Por que duvidas de mim? ___________________________________________
b. A nossa equipe não conseguiu vencer porque estava sem preparação física.
___________________________________________________________________
c. Poderia dizer-me o porquê de tanta satisfação? __________________________
______________________________________________________________
d. Sabe por quê? ________________________________________________
B. Uso do senão e se não
Observe, atentamente, estas frases:
a. Luta, senão está perdido.
b. Não era ouro nem prata, senão ferro.
c. Ninguém, senão os irmãos Correia, compareceu à cerimónia.
d. Não encontrei um, senão na apresentação da peça.
e. Se não for possível despachar a mercadoria, telefone-me.
f. Havia dois jogadores, se não três.
1. Escreva senão ou se não:
a. Quem poderia ser ___________________ você?
b. Acha que haveria duzentas pessoas em frente ao televisor _____________ tivesse uma boa imagem?
c. É aconselhável desligar o botão, ____________________ o senhor não vai conseguir ficar quieto.
d. A vida é __________________ um sonho.
e. Apresse-se _________________ chegaremos atrasados.
f. __________________ chover iremos passear.
g. __________________ não sabe procure informar-se.
h. Não era nem um deles, _______________ uma verdadeira multidão.
i. Feche a porta, __________________ você se resfria.
j. _______________ trouxer os documentos não poderá entrar.
k. Ninguém, _____________ você, me escreveu.
l. Apliquei nota máxima porque não existiu nenhum ______________ neste trabalho.
m. Anote o meu endereço, _________________ você esquece.
n. Criança não quer outra coisa ________________ brincar.
o. ______________ fizer sol, não iremos à praia.
C. Transforme as subordinadas adverbiais de acordo com as indicações e apresente as circunstâncias expressas:
1. Quando o despertador tocar, levanta-te logo.
Or. Gerundiva: __________________________________________________________
Or. Infinitiva: _______________________________________________________
2. Estando cheio de terror, o preso suplicou clemência.
Or. Conjuncional: _______________________________________________________
Or. Participial: _____________________________________________________
Or. Infinitiva: ______________________________________________________
3. Por mais que tentasse, não conseguia cantar bem.
Or. Gerundiva: __________________________________________________________
Or. Conjuncional: _____________________________________________________
Or. Infinitiva: ________________________________________________________
4. Recomeçando o exercício, percebeu o seu erro.
Or. Infinitiva: ________________________________________________________
CRÓNICA
A Crónica em Portugal ou no Brasil é uma narração, segundo a ordem temporal. O termo é atribuído, por exemplo, aos noticiários dos jornais, comentários literários ou científicos, que preenchem periodicamente as páginas de um jornal.
Crónica é o único género literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem.
A crónica é, primordialmente, um texto escrito para ser publicado no jornal. Assim o facto de ser publicada no jornal já lhe determina vida curta, pois à crónica de hoje seguem-se muitas outras nas próximas edições. Há semelhanças entre a crónica e o texto exclusivamente informativo. Assim como o repórter, o cronista se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crónica. Entretanto, há elementos que distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo não contém. Com base nisso, pode-se dizer que a crónica situa-se entre o Jornalismo e a Literatura, e o cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia. A crónica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crónica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao desenvolver seu estilo e ao seleccionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que o cercam. Geralmente, as crónicas apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê. Em resumo podemos determinar quatro pontos:
• Narração histórica pela ordem do tempo em que se deram os fatos.
• Sessão ou artigo especial sobre literatura, assuntos científicos, desporte etc., em jornal ou outro periódico.
• Pequeno conto baseado em algo do quotidiano.
• Normalmente possuiu uma crítica indirecta.
A palavra crónica deriva do Latim chronica, que significava, no início da era cristã, o relato de acontecimentos em ordem cronológica (a narração de histórias segundo a ordem em que se sucedem no tempo). Era, portanto, um breve registo de eventos. No século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, a crónica passou a fazer parte dos jornais. Ela apareceu pela primeira vez em 1799, no Journal de Débats, publicado em Paris. Esses textos comentavam, de forma crítica, acontecimentos que haviam ocorrido durante a semana. Tinham, portanto, um sentido histórico e serviam, assim como outros textos do jornal, para informar o leitor. Nesse período as crónicas eram publicados no rodapé dos jornais, os "folhetins". Essa prática foi trazida para o Brasil na segunda metade do século XIX e era muito parecida com os textos publicados nos jornais franceses. Alencar foi um dos escritores brasileiros a produzir esse tipo de texto nesse período. Com o passar do tempo, a crónica brasileira foi, gradualmente, distanciando-se daquela crónica com sentido documentário originada na França. Ela passou a ter um carácter mais literário, fazendo uso de linguagem mais leve e envolvendo poesia, lirismo e fantasia. Diversos escritores brasileiros de renome escreveram crónicas: Machado de Assis, João do Rio, Rubem Braga, Rachel de Queiroz, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, Henrique Pongetti, Paulo Mendes Campos, Alcântara Machado, etc.
Tipos de Crónica
Crónica Descritiva
Ocorre quando uma crónica explora a caracterização de seres animados e inanimados num espaço, viva como uma pintura, precisa como uma fotografia ou dinâmica como um filme.
Crónica Narrativa
Pode ser narrado tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa). Comprometido com fatos quotidianos (“banais”, comuns).
Crónica Dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais “sentimentalistas” do que “racionais” (ao invés de “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil”, seria “vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo”). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.
Crónica Narrativo-Descritiva
É quando uma crónica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra fatos quotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª pessoa do singular.
Crónica Lírica
Linguagem poética e metafórica.
Crónica Metalinguística
Fala sobre o próprio ato de escrever.
Crónica reflexiva
Reflexões filosóficas sobre vários assuntos.
NB: Ainda por concluir… todos as contribuições são bem vindas.
Crónica é o único género literário produzido essencialmente para ser veiculado na imprensa, seja nas páginas de uma revista, seja nas de um jornal. Quer dizer, ela é feita com uma finalidade utilitária e pré-determinada: agradar aos leitores dentro de um espaço sempre igual e com a mesma localização, criando-se assim, no transcurso dos dias ou das semanas, uma familiaridade entre o escritor e aqueles que o lêem.
A crónica é, primordialmente, um texto escrito para ser publicado no jornal. Assim o facto de ser publicada no jornal já lhe determina vida curta, pois à crónica de hoje seguem-se muitas outras nas próximas edições. Há semelhanças entre a crónica e o texto exclusivamente informativo. Assim como o repórter, o cronista se inspira nos acontecimentos diários, que constituem a base da crónica. Entretanto, há elementos que distinguem um texto do outro. Após cercar-se desses acontecimentos diários, o cronista dá-lhes um toque próprio, incluindo em seu texto elementos como ficção, fantasia e criticismo, elementos que o texto essencialmente informativo não contém. Com base nisso, pode-se dizer que a crónica situa-se entre o Jornalismo e a Literatura, e o cronista pode ser considerado o poeta dos acontecimentos do dia-a-dia. A crónica, na maioria dos casos, é um texto curto e narrado em primeira pessoa, ou seja, o próprio escritor está "dialogando" com o leitor. Isso faz com que a crónica apresente uma visão totalmente pessoal de um determinado assunto: a visão do cronista. Ao desenvolver seu estilo e ao seleccionar as palavras que utiliza em seu texto, o cronista está transmitindo ao leitor a sua visão de mundo. Ele está, na verdade, expondo a sua forma pessoal de compreender os acontecimentos que o cercam. Geralmente, as crónicas apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a linguagem oral e a literária. Isso contribui também para que o leitor se identifique com o cronista, que acaba se tornando o porta-voz daquele que lê. Em resumo podemos determinar quatro pontos:
• Narração histórica pela ordem do tempo em que se deram os fatos.
• Sessão ou artigo especial sobre literatura, assuntos científicos, desporte etc., em jornal ou outro periódico.
• Pequeno conto baseado em algo do quotidiano.
• Normalmente possuiu uma crítica indirecta.
A palavra crónica deriva do Latim chronica, que significava, no início da era cristã, o relato de acontecimentos em ordem cronológica (a narração de histórias segundo a ordem em que se sucedem no tempo). Era, portanto, um breve registo de eventos. No século XIX, com o desenvolvimento da imprensa, a crónica passou a fazer parte dos jornais. Ela apareceu pela primeira vez em 1799, no Journal de Débats, publicado em Paris. Esses textos comentavam, de forma crítica, acontecimentos que haviam ocorrido durante a semana. Tinham, portanto, um sentido histórico e serviam, assim como outros textos do jornal, para informar o leitor. Nesse período as crónicas eram publicados no rodapé dos jornais, os "folhetins". Essa prática foi trazida para o Brasil na segunda metade do século XIX e era muito parecida com os textos publicados nos jornais franceses. Alencar foi um dos escritores brasileiros a produzir esse tipo de texto nesse período. Com o passar do tempo, a crónica brasileira foi, gradualmente, distanciando-se daquela crónica com sentido documentário originada na França. Ela passou a ter um carácter mais literário, fazendo uso de linguagem mais leve e envolvendo poesia, lirismo e fantasia. Diversos escritores brasileiros de renome escreveram crónicas: Machado de Assis, João do Rio, Rubem Braga, Rachel de Queiroz, Fernando Sabino, Carlos Drummond de Andrade, Henrique Pongetti, Paulo Mendes Campos, Alcântara Machado, etc.
Tipos de Crónica
Crónica Descritiva
Ocorre quando uma crónica explora a caracterização de seres animados e inanimados num espaço, viva como uma pintura, precisa como uma fotografia ou dinâmica como um filme.
Crónica Narrativa
Pode ser narrado tanto na 1ª quanto na 3ª pessoa do singular. Texto lírico (poético, mesmo em prosa). Comprometido com fatos quotidianos (“banais”, comuns).
Crónica Dissertativa
Opinião explícita, com argumentos mais “sentimentalistas” do que “racionais” (ao invés de “segundo o IBGE a mortalidade infantil aumenta no Brasil”, seria “vejo mais uma vez esses pequenos seres não alimentarem sequer o corpo”). Exposto tanto na 1ª pessoa do singular quanto na do plural.
Crónica Narrativo-Descritiva
É quando uma crónica explora a caracterização de seres, descrevendo-os. E, ao mesmo tempo mostra fatos quotidianos ("banais", comuns) no qual pode ser narrado em 1ª ou na 3ª pessoa do singular.
Crónica Lírica
Linguagem poética e metafórica.
Crónica Metalinguística
Fala sobre o próprio ato de escrever.
Crónica reflexiva
Reflexões filosóficas sobre vários assuntos.
NB: Ainda por concluir… todos as contribuições são bem vindas.
RELAÇÕES GRAMATICAIS DE COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO
Conjunções
As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações, estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de simples coordenação. Alguns exemplos de conjunções são: portanto, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme, etc.
O estudo das conjunções é bastante amplo e foi portanto dividido de acordo com a sua classificação formal. Segue a lista dos tipos de conjunções:
Subclasse Conjunções locuções
Copulativas (indicam adição) e, também, nem, que (1) não só ... mas também, não só ... como também, tanto ... como
Adversativas (indicam oposição) Mas, porém, todavia, contudo, que (2), entretanto no entanto, não obstante, apesar disso, ainda assim, mesmo assim, de outra sorte, ao passo que
Disjuntivas (indicam alternativa) Ou ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja ... seja, seja ... ou, nem ... nem
Conclusivas (ligam uma oração que exprime conclusão ou consequência a uma anterior) Logo, pois, portanto por consequência, por conseguinte, pelo que
Explicativas (ligam duas orações, a segunda das quais justifica o conteúdo da primeira) Pois, que, porquanto, porque
(1) que é conjunção copulativa quando equivale a e. bate que bate.
(2) que é conjunção adversativa quando equivale a mas. o trabalho deves fazê-lo tu que (mas) não eu.
Conjunções coordenativas
1. Classificação
Classificam-se as conjunções coordenativas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
a) Aditivas, que servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função: e, nem [= então].
Ex.: Tinha saúde e robustez.
Pulei do banco e gritei de alegria.
Não é gulodice nem interesse mesquinho.
b) Adversativas, que ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.
Ex.: Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta.
Cada uma delas doía-me intensamente; contudo não me indignavam.
c) Alternativas, que ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, etc.
Ex.: Para arremedar gente ou bicho, era um génio.
Ou eu me retiro ou tu te afastas.
d) Conclusivas, que servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, consequência: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, então.
Ex.: Não pateia com a ordem; é, pois, um rebelde.
Ouço música, logo ainda não me enterraram.
e) Explicativas, que ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira: que, porque, pois, porquanto.
Ex.: Dorme, que eu penso.
2. Posição das conjunções coordenativas
Nem todas as conjunções coordenativas encabeçam a oração que delas recebe o nome. assim:
a) Das conjunções coordenativas apenas mas aparece obrigatoriamente no começo da oração; contudo, entretanto, no entanto, porém e todavia podem vir no início da oração, ou após um de seus termos. Sirvam de exemplo estes períodos:
Ex.: Tentou subir, mas não conseguiu.
Tentou subir, porém não conseguiu.
Tentou subir; não conseguiu, porém.
b) Pois, quando conjunção conclusiva, vem sempre posposta a um termo da oração a que pertence.
Ex.: Era, pois, um homem de grande carácter e foi, pois, também um grande estilista. (j.ribeiro)
c) As conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem variar de posição, conforme o ritmo, a entoação, a harmonia da frase.
Conjunção subordinativa
Liga orações dependentes a uma oração principal cujo sentido é incompleto.
i) Conjunção integrante
Serve para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objecto directo, objecto indirecto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração. São duas: que e se. Quando o verbo exprime uma certeza. Usa-se que; quando incerteza, se:
Afirmo que sou estudante.
Não sei se existe ou se dói…
ii) Conjunção causal
porque, pois, porquanto, como = porque, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.
Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
iii) Conjunção concessiva
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, que,e, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se admite um facto contrário à acção principal, mas incapaz de impedi-la.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem…
iv) Conjunção condicional
se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.
Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.
v) Conjunção conformativa
conforme, como = conforme, segundo, consoante, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.
Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)
vi) Conjunção comparativa
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem
Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.
Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
O menino está tão confuso quanto o irmão.
vii) Conjunção consecutiva
que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
Iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que foi declarado na anterior.
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
Falou tanto na reunião que ficou rouco.
viii) Conjunção final
Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal
para que, a fim de que, porque = para que, que
Aqui vai o livro para que o leias.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.
ix) Conjunção proporcional
Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais ... (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais... (menos), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (menos), quanto menos... (tanto menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (tanto mais)
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
O preço da carne aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.
x) Conjunção temporal
Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que = desde que, etc.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Implicou comigo assim que me viu.
Nota bem:
Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em itálico:
"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado."
"Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal."
"Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal."
"Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa."
"João subiu e desceu a escada."
Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.
Observações gerais
• Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".
Veja o exemplo:
"Diz-me com quem andas, que eu te direi quem és."
"Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és."
• As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, excepto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.
• As adversativas, excepto “mas”, podem aparecerem deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.
• A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."
• O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "Qual é a coisa que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:
Não sei se morre de amor. (Qual é a coisa que não sei? Se se morre de amor.)
Locução conjuntiva
As locuções conjuntivas são duas ou mais palavras que funcionam solidariamente como conjunções estabelecendo relações entre as orações dos enunciados. As locuções conjuntivas mantém também a mesma característica de invariabilidade (funcionam colectivamente como palavras invariáveis) e a mesma classificação das conjunções.
Na maioria das vezes as locuções conjuntivas são terminadas pela palavra "que", segue alguns exemplos: desde que, uma vez que, já que, por mais que, à medida que, à proporção que, visto que, ainda que, entre outras.
As principais diferenças entre uma conjunção e uma locução conjuntiva é que essa última costuma aparecer mais no início da frase e dificilmente é sucedida por uma vírgula (","), também são muito raros os casos em que uma locução conjuntiva é sucedida por um ponto (".").
Segue alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em itálico:
"Maria não dorme desde que seu tio morreu.";
"À proporção que Letícia foi parando de fumar, sentiu-se mais bem-disposta com o trabalho.";
"À medida que aquele cachorro vem crescendo, vem comendo mais ração.";
"Já que não está com fome, vou comer a sua parte.".
Orações reduzidas
As orações reduzidas podem ser:
1. Orações subordinas reduzidas de infinitivo
Podem vir ou não precedidas de preposição.
2. Orações subordinadas reduzidas de gerúndio
3. Orações subordinadas reduzidas de particípio
Orações subordinadas reduzidas de infinitivo
Podem ser substantivas, adjectivas ou adverbiais:
1. Substantiva
Subjectiva "Era difícil andar." "Era-lhe tão enfadonho escrever cartas compridas." (M. Assis)
Objectiva Directa "Resolveu não mostrar o convite a ninguém." (R. Queiroz)
Objectiva Indirecta "Ninguém pensa em cavalgar numa águia." (Idem)
Completiva nominal "Sentiu vontade de vomitar e de morrer." (A. Prado)
Predicativa "Vai, teu ofício é alegrar o homem." (X. Marques)
Apositiva "Prometi-lhes apenas isto: esperá-los até às dez horas."
2. Adjectiva
"Comprei uma máquina de lavar roupa."
3. Adverbial
Causal "Morreu de tanto esperar." "por serem apressados, fizeram um péssimo trabalho."
Concessiva "Apesar de sentir medo, não fugiu."
Condicional "Não saia sem pedir licença."
Consecutiva "O exame foi difícil a ponto de provocar revolta nos alunos."
Final "Maria Clara acordou de seu sonho para encarar a realidade" (B. Rocha)
6) Temporal
"Ao começar o século, ainda éramos um satélite da França." (Nosso Século)
As conjunções são palavras invariáveis que servem para conectar orações, estabelecendo entre elas uma relação de dependência ou de simples coordenação. Alguns exemplos de conjunções são: portanto, pois, como, mas, e, embora, porque, entretanto, nem, quando, ora, que, porém, todavia, quer, contudo, seja, conforme, etc.
O estudo das conjunções é bastante amplo e foi portanto dividido de acordo com a sua classificação formal. Segue a lista dos tipos de conjunções:
Subclasse Conjunções locuções
Copulativas (indicam adição) e, também, nem, que (1) não só ... mas também, não só ... como também, tanto ... como
Adversativas (indicam oposição) Mas, porém, todavia, contudo, que (2), entretanto no entanto, não obstante, apesar disso, ainda assim, mesmo assim, de outra sorte, ao passo que
Disjuntivas (indicam alternativa) Ou ou ... ou, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, seja ... seja, seja ... ou, nem ... nem
Conclusivas (ligam uma oração que exprime conclusão ou consequência a uma anterior) Logo, pois, portanto por consequência, por conseguinte, pelo que
Explicativas (ligam duas orações, a segunda das quais justifica o conteúdo da primeira) Pois, que, porquanto, porque
(1) que é conjunção copulativa quando equivale a e. bate que bate.
(2) que é conjunção adversativa quando equivale a mas. o trabalho deves fazê-lo tu que (mas) não eu.
Conjunções coordenativas
1. Classificação
Classificam-se as conjunções coordenativas em aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
a) Aditivas, que servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função: e, nem [= então].
Ex.: Tinha saúde e robustez.
Pulei do banco e gritei de alegria.
Não é gulodice nem interesse mesquinho.
b) Adversativas, que ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes, porém, uma ideia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.
Ex.: Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta.
Cada uma delas doía-me intensamente; contudo não me indignavam.
c) Alternativas, que ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem, já...já, etc.
Ex.: Para arremedar gente ou bicho, era um génio.
Ou eu me retiro ou tu te afastas.
d) Conclusivas, que servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, consequência: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, então.
Ex.: Não pateia com a ordem; é, pois, um rebelde.
Ouço música, logo ainda não me enterraram.
e) Explicativas, que ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na primeira: que, porque, pois, porquanto.
Ex.: Dorme, que eu penso.
2. Posição das conjunções coordenativas
Nem todas as conjunções coordenativas encabeçam a oração que delas recebe o nome. assim:
a) Das conjunções coordenativas apenas mas aparece obrigatoriamente no começo da oração; contudo, entretanto, no entanto, porém e todavia podem vir no início da oração, ou após um de seus termos. Sirvam de exemplo estes períodos:
Ex.: Tentou subir, mas não conseguiu.
Tentou subir, porém não conseguiu.
Tentou subir; não conseguiu, porém.
b) Pois, quando conjunção conclusiva, vem sempre posposta a um termo da oração a que pertence.
Ex.: Era, pois, um homem de grande carácter e foi, pois, também um grande estilista. (j.ribeiro)
c) As conclusivas logo, portanto e por conseguinte podem variar de posição, conforme o ritmo, a entoação, a harmonia da frase.
Conjunção subordinativa
Liga orações dependentes a uma oração principal cujo sentido é incompleto.
i) Conjunção integrante
Serve para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objecto directo, objecto indirecto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração. São duas: que e se. Quando o verbo exprime uma certeza. Usa-se que; quando incerteza, se:
Afirmo que sou estudante.
Não sei se existe ou se dói…
ii) Conjunção causal
porque, pois, porquanto, como = porque, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
Inicia uma oração subordinada denotadora de causa.
Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
iii) Conjunção concessiva
embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, que,e, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se admite um facto contrário à acção principal, mas incapaz de impedi-la.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem…
iv) Conjunção condicional
se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal.
Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.
v) Conjunção conformativa
conforme, como = conforme, segundo, consoante, etc.
Inicia uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal.
Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece.
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)
vi) Conjunção comparativa
que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem
Iniciam uma oração que contém o segundo membro de uma comparação.
Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
O menino está tão confuso quanto o irmão.
vii) Conjunção consecutiva
que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que
Iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que foi declarado na anterior.
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
Falou tanto na reunião que ficou rouco.
viii) Conjunção final
Iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal
para que, a fim de que, porque = para que, que
Aqui vai o livro para que o leias.
Fiz-lhe sinal que se calasse.
Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.
ix) Conjunção proporcional
Iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal.
à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais ... (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais... (menos), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (menos), quanto menos... (tanto menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (tanto mais)
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
O preço da carne aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.
x) Conjunção temporal
Iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo
quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que = desde que, etc.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Implicou comigo assim que me viu.
Nota bem:
Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em itálico:
"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado."
"Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal."
"Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal."
"Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa."
"João subiu e desceu a escada."
Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.
Observações gerais
• Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".
Veja o exemplo:
"Diz-me com quem andas, que eu te direi quem és."
"Diz-me com quem andas, e eu te direi quem és."
• As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, excepto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.
• As adversativas, excepto “mas”, podem aparecerem deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.
• A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."
• O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "Qual é a coisa que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:
Não sei se morre de amor. (Qual é a coisa que não sei? Se se morre de amor.)
Locução conjuntiva
As locuções conjuntivas são duas ou mais palavras que funcionam solidariamente como conjunções estabelecendo relações entre as orações dos enunciados. As locuções conjuntivas mantém também a mesma característica de invariabilidade (funcionam colectivamente como palavras invariáveis) e a mesma classificação das conjunções.
Na maioria das vezes as locuções conjuntivas são terminadas pela palavra "que", segue alguns exemplos: desde que, uma vez que, já que, por mais que, à medida que, à proporção que, visto que, ainda que, entre outras.
As principais diferenças entre uma conjunção e uma locução conjuntiva é que essa última costuma aparecer mais no início da frase e dificilmente é sucedida por uma vírgula (","), também são muito raros os casos em que uma locução conjuntiva é sucedida por um ponto (".").
Segue alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em itálico:
"Maria não dorme desde que seu tio morreu.";
"À proporção que Letícia foi parando de fumar, sentiu-se mais bem-disposta com o trabalho.";
"À medida que aquele cachorro vem crescendo, vem comendo mais ração.";
"Já que não está com fome, vou comer a sua parte.".
Orações reduzidas
As orações reduzidas podem ser:
1. Orações subordinas reduzidas de infinitivo
Podem vir ou não precedidas de preposição.
2. Orações subordinadas reduzidas de gerúndio
3. Orações subordinadas reduzidas de particípio
Orações subordinadas reduzidas de infinitivo
Podem ser substantivas, adjectivas ou adverbiais:
1. Substantiva
Subjectiva "Era difícil andar." "Era-lhe tão enfadonho escrever cartas compridas." (M. Assis)
Objectiva Directa "Resolveu não mostrar o convite a ninguém." (R. Queiroz)
Objectiva Indirecta "Ninguém pensa em cavalgar numa águia." (Idem)
Completiva nominal "Sentiu vontade de vomitar e de morrer." (A. Prado)
Predicativa "Vai, teu ofício é alegrar o homem." (X. Marques)
Apositiva "Prometi-lhes apenas isto: esperá-los até às dez horas."
2. Adjectiva
"Comprei uma máquina de lavar roupa."
3. Adverbial
Causal "Morreu de tanto esperar." "por serem apressados, fizeram um péssimo trabalho."
Concessiva "Apesar de sentir medo, não fugiu."
Condicional "Não saia sem pedir licença."
Consecutiva "O exame foi difícil a ponto de provocar revolta nos alunos."
Final "Maria Clara acordou de seu sonho para encarar a realidade" (B. Rocha)
6) Temporal
"Ao começar o século, ainda éramos um satélite da França." (Nosso Século)
CARACTERÍSTICAS DA LINGUAGEM ORAL
A avó e o neto
Sentada sobre a esteira na companhia dos raios do Sol vespertino, a avó fala para o neto:
_ Meu neto, quantos anos tens?
O neto encolhe os ombros e a avó continua com o sermão:
_Tens dez anos… não sabes somar uma conta simples: dez mais um!…
Conta os dedos das tuas mãos…
Quantos dedos são? Oh! Nove?!
A avó abana a cabeça com tristeza.
_Vai: junta os dedos todos das tuas duas mãos…Quantos são?
_Dez - Responde o neto.
_ Certo, dez dedos…mais um do teu pé e são? … É isso meu neto, onze: dez mais um são onze. Tens que estudar e saber contar e escrever e somar. É preciso saber contar os bois que tens, os quilos que têm os teus bois. Somar para saber quantas pessoas podem ser alimentadas pelos teus bois; dividir para saber quantos quilos de carne vai receber cada pessoa; multiplicar para saber quanto dinheiro vais obter dos bois vendidos e subtrair para saber quantos bois restam etc…
_É preciso, meu neto, dominar a arte da ciência para dominar o mundo da ignorância. Ouviu Zacarias? É preciso…
_Sim, vovó vou estudar mas agora vou ver a minha armadilha. - Diz o neto, correndo em direcção ao arrozal onde fez uma armadilha para apanhar ratazanas.
In “Poemas da Gaveta”
As marcas da oralidade no texto
Sinais de pontuação subjectivos, isto é, que exprimem o estado da alma, como por exemplo:
o (…) reticências
o ( ? ) interrogação
o ( ! ) exclamação
Abundância de frases curtas
Uso frequente da coordenação
o conjunção (e)
Recurso a repetições
Recurso a frases incompletas provocadas por:
o Suspensão: quando alguém que fala por qualquer razão suspende a fala, por exemplo:“-Conta os dedos das tuas mãos… Quantos dedos são? Oh! Nove?!”
A avó suspendeu a fala para acompanhar a contagem dos dedos feita pelo neto. A suspensão da fala é dada pelas reticências ( … )
o Interrupção: quando alguém que fala é interrompido pelo outro. O exemplo no texto é quando a avó diz algo e o Zacarias a interrompe:“-É preciso, meu neto, dominar a arte da ciência para dominar o mundo da ignorância. Ouviu Zacarias? É preciso…”
“-Sim, vovó vou estudar mas agora vou ver a minha armadilha. - Diz o neto correndo em direcção ao arrozal onde fez uma armadilha para apanhar ratazanas.”
As reticências indicam interrupção.
o Autocorrecção: quando alguém que fala dá conta de que se enganou, pára e faz uma correcção. Por exemplo: O João estava a falar ao amigo e disse:
-Eu vou fender-te, oh! queria dizer: eu vou vender-te um livro.
O João disse "Eu vou fender-te" quando se apercebeu do erro corrigiu logo e disse " Oh! queria dizer: eu vou vender-te um livro."
Chama-se a este processo Autocorrecção.
Em conclusão, as marcas do discurso oral são:
o Sinais de pontuação
o Frases curtas
o Repetições
o Suspensão
o Interrupção
o Autocorrecção
Sentada sobre a esteira na companhia dos raios do Sol vespertino, a avó fala para o neto:
_ Meu neto, quantos anos tens?
O neto encolhe os ombros e a avó continua com o sermão:
_Tens dez anos… não sabes somar uma conta simples: dez mais um!…
Conta os dedos das tuas mãos…
Quantos dedos são? Oh! Nove?!
A avó abana a cabeça com tristeza.
_Vai: junta os dedos todos das tuas duas mãos…Quantos são?
_Dez - Responde o neto.
_ Certo, dez dedos…mais um do teu pé e são? … É isso meu neto, onze: dez mais um são onze. Tens que estudar e saber contar e escrever e somar. É preciso saber contar os bois que tens, os quilos que têm os teus bois. Somar para saber quantas pessoas podem ser alimentadas pelos teus bois; dividir para saber quantos quilos de carne vai receber cada pessoa; multiplicar para saber quanto dinheiro vais obter dos bois vendidos e subtrair para saber quantos bois restam etc…
_É preciso, meu neto, dominar a arte da ciência para dominar o mundo da ignorância. Ouviu Zacarias? É preciso…
_Sim, vovó vou estudar mas agora vou ver a minha armadilha. - Diz o neto, correndo em direcção ao arrozal onde fez uma armadilha para apanhar ratazanas.
In “Poemas da Gaveta”
As marcas da oralidade no texto
Sinais de pontuação subjectivos, isto é, que exprimem o estado da alma, como por exemplo:
o (…) reticências
o ( ? ) interrogação
o ( ! ) exclamação
Abundância de frases curtas
Uso frequente da coordenação
o conjunção (e)
Recurso a repetições
Recurso a frases incompletas provocadas por:
o Suspensão: quando alguém que fala por qualquer razão suspende a fala, por exemplo:“-Conta os dedos das tuas mãos… Quantos dedos são? Oh! Nove?!”
A avó suspendeu a fala para acompanhar a contagem dos dedos feita pelo neto. A suspensão da fala é dada pelas reticências ( … )
o Interrupção: quando alguém que fala é interrompido pelo outro. O exemplo no texto é quando a avó diz algo e o Zacarias a interrompe:“-É preciso, meu neto, dominar a arte da ciência para dominar o mundo da ignorância. Ouviu Zacarias? É preciso…”
“-Sim, vovó vou estudar mas agora vou ver a minha armadilha. - Diz o neto correndo em direcção ao arrozal onde fez uma armadilha para apanhar ratazanas.”
As reticências indicam interrupção.
o Autocorrecção: quando alguém que fala dá conta de que se enganou, pára e faz uma correcção. Por exemplo: O João estava a falar ao amigo e disse:
-Eu vou fender-te, oh! queria dizer: eu vou vender-te um livro.
O João disse "Eu vou fender-te" quando se apercebeu do erro corrigiu logo e disse " Oh! queria dizer: eu vou vender-te um livro."
Chama-se a este processo Autocorrecção.
Em conclusão, as marcas do discurso oral são:
o Sinais de pontuação
o Frases curtas
o Repetições
o Suspensão
o Interrupção
o Autocorrecção
Exercícios (derivação e composição)
I. Com os prefixos a seguir apresentados, forme palavras de modo a exprimir a ideia contrária da palavra dada.
des- in- im- ir- i-
1. Isso não passou de um lamentável __________________________. Previsto
2. Tens o quarto numa total _________________________________. Ordem
3. Com tanta gente a fumar, o ar tornou-se _____________________. Respirável
4. Tudo o que ele diz é totalmente ____________________________. Coerente
5. É um aluno com uma assiduidade __________________________. Regular
6. O que tu fizeste foi ______________________________________. Perdoável
7. O computador tem possibilidades ___________________________. Limitadas
8. Os médicos chegaram à conclusão que a doença dele é __________. Reversível
9. Ao logo da sua vida, tem tido uma carreira ____________________. Repreensível
10. A cobra é um animal _____________________________________. Vertebrado
II. Com os seguintes sufixos, indique a nacionalidade ou origem correspondente às palavras dadas.
-ano -ão -eiro -ês -ol
1. Austrália ___________________ 6. Brasil ____________________
2. Espanha ____________________ 7. Açores ___________________
3. Dinamarca __________________ 8. China _____________________
4. Itália _______________________ 9. Alemanha __________________
5. Escócia _____________________ 10. África _____________________
III. Com os seguintes sufixos, forme substantivos a partir da palavra dada.
-ança / -ença -ância / -ência
1. Lembrar ____________________ 6. Elegante ____________________
2. Doente ______________________ 7. Distante ____________________
3. Perseverante _________________ 8. Decente ____________________
4. Diferente ___________________ 9. Violento ____________________
5. Parecido ____________________ 10. Experiente _________________
-ção -dade / -dão
11. Mal _______________________ 16. Ágil ______________________
12. Orientar ___________________ 17. Apto ______________________
13. Distrair _____________________ 18. Hábil ______________________
14. Eleger ______________________ 19. Lento _____________________
15. Aflito _______________________ 20. Sóbrio _____________________
-gem -ia -ura
21. Homenagear ____________ 26. Teimoso __________ 31. Terno _________
22. Secar ____________________ 27. Irónico ___________ 32. Culto __________
23. Lavar _______________ 28. Cobarde __________ 33. Ferver _________
24. Dobrar ______________ 29. Valente ___________ 34. Cobrir _________
25. Filmar ______________ 30. Alegre _____________ 35. Queimar _______
IV. Com os seguintes sufixos, forme verbos a partir da palavra dada.
-ecer -itar / -izar
1. Manhã _____________________ 6. Crédito _______________
2. Tarde ______________________ 7. Real _________________
3. Noite _______________________ 8. Sistema _______________
4. Raiva ______________________ 9. Explicito ______________
5. Doença ______________________ 10. Moderno _____________
V. A partir da palavra dada, forme adjectivos com os seguintes sufixos.
-al -vel
1. Excepção ______________________ 6. Louvor _______________
2. Mês __________________________ 7. Dispor ________________
3. Semana ________________________ 8. Alertar _______________
4. Comércio _______________________ 9. Favor ________________
5. Espírito _________________________ 10. Saúde _______________
VI. A partir dos sufixos dados, preencha os espaços com a profissão ou ocupação correcta.
-eira / -eiro -ista -or / -ora
1. Conduz um camião __________________________________
2. Conserta sapatos _____________________________________
3. Colecciona selos _____________________________________
4. Dirige uma universidade _______________________________
5. Fabrica loiça de barro __________________________________
6. Trabalha no campo ____________________________________
7. Apaga os fogos _______________________________________
8. Escreve romances _____________________________________
9. Vende flores _________________________________________
10. Trabalha em madeira _________________________________
VII. A partir da expressão dada, forme o advérbio com o sufixo.
1. Na realidade, preciso de mais uns dias para acabar o trabalho. Realmente
2. A programação dos canais de televisão é alternada com frequência. __________
3. Estou a falar-lhe com sinceridade. ____________________________________
4. Oiçam com atenção o que vou dizer. ___________________________________
5. Aconteceu tudo de repente que não tivemos tempo de tomar providências.______
6. Não me digas que vieste de propósito do Poro a Lisboa só para me visitar! _____
7. Vivem sem preocupações: não têm filhos e ambos ganham bem. _____________
8. Costumavam encontra-se em segredo na casa do campo. __________________
9. A tomada de posse vai ser transmitida em simultâneo em todos os canais.______
10. Com efeito, os resultados das eleições não foram muito animadores. __________
11. Sempre tratou das crianças com muito carinho. __________________________
VIII. Cada palavra da caixa A combina com uma da caixa B. forme, deste modo, palavras compostas, usando, quando necessário, hífen e/ou preposição. Complete as frases com a palavra adequada
A B
1. Tem tanta roupa que já nada lhe cabe no guarda-fato.
2. O Rui está cada vez mais alto. O pior é que continua muito magro. Parece um ___
3. Não se esqueçam de levar ____________________ para a praia. A exposição prolongada ao sol é muito perigosa.
4. Sou assistente social e trabalho com crianças ____________________________.
5. Tem o cabelo ____________________ e uns lindos olhos ________________, quase transparentes.
6. Enquanto estivemos na praia, as crianças apanharam duas ___________________ e montes de conchas.
7. Trouxeram as bebidas, mas ninguém se lembrou de trazer um _________________ para abrir as garrafas.
8. Pela maneira como se comportam vê-se logo que são _____________________; gastam dinheiro ao desbarato e gostam de mostrar tudo o que têm.
9. Arrombaram a porta com um _______________________ e levaram tudo o que havia de valor.
10. A minha namorada ofereceu-me uma ________________________ muito fresca e com um cheiro agradável a limão.
11. Portugueses e brasileiros foram apurados. Esta final ______________________ vai suscitar muita expectativa.
12. “Os Lusíadas” de Luís de Camões são, sem dúvida, a sua __________________.
13. Não podes dar crédito a tudo o que ela diz: é uma ______________________________.
14. Aos olhos da lei, é normalmente o homem, o marido, o ____________________.
15. O ministro faz-se representar por um _________________________ que transmitiu a mensagem aos grevistas.
16. No campo das _______________ foi muito completo. No entanto, o artista destacou-se mais na pintura.
IX. Com os seguintes conjuntos de palavras, forme uma só palavra. Em seguida complete as frases com a palavra adequada.
Filho de alguém ________________ monte santo _____________
Passa porte ____________________ roda pé _________________
Vai e vem ______________________ vinho acre _______________
1. Os jornais noticiaram mais uma viagem com êxito do _________________ espacial norte americano.
2. Como pertencemos à SADC já não é necessário apresentar __________________ quando viajamos para África do Sul.
3. Azeite e ___________________________ são temperos muito usados na cozinha moçambicana.
4. _______________________ é considerado o pulmão da cidade de Lisboa.
5. A casa ficou lindíssima. Tanto os tectos como os ___________________ são em madeira, o que contrasta com o branco das paredes.
6. O sentido mais popular de ____________________________ é precisamente o de um individuo que vive à custa dos rendimentos (não gosta de trabalhar) e anda sempre bem vestido.
des- in- im- ir- i-
1. Isso não passou de um lamentável __________________________. Previsto
2. Tens o quarto numa total _________________________________. Ordem
3. Com tanta gente a fumar, o ar tornou-se _____________________. Respirável
4. Tudo o que ele diz é totalmente ____________________________. Coerente
5. É um aluno com uma assiduidade __________________________. Regular
6. O que tu fizeste foi ______________________________________. Perdoável
7. O computador tem possibilidades ___________________________. Limitadas
8. Os médicos chegaram à conclusão que a doença dele é __________. Reversível
9. Ao logo da sua vida, tem tido uma carreira ____________________. Repreensível
10. A cobra é um animal _____________________________________. Vertebrado
II. Com os seguintes sufixos, indique a nacionalidade ou origem correspondente às palavras dadas.
-ano -ão -eiro -ês -ol
1. Austrália ___________________ 6. Brasil ____________________
2. Espanha ____________________ 7. Açores ___________________
3. Dinamarca __________________ 8. China _____________________
4. Itália _______________________ 9. Alemanha __________________
5. Escócia _____________________ 10. África _____________________
III. Com os seguintes sufixos, forme substantivos a partir da palavra dada.
-ança / -ença -ância / -ência
1. Lembrar ____________________ 6. Elegante ____________________
2. Doente ______________________ 7. Distante ____________________
3. Perseverante _________________ 8. Decente ____________________
4. Diferente ___________________ 9. Violento ____________________
5. Parecido ____________________ 10. Experiente _________________
-ção -dade / -dão
11. Mal _______________________ 16. Ágil ______________________
12. Orientar ___________________ 17. Apto ______________________
13. Distrair _____________________ 18. Hábil ______________________
14. Eleger ______________________ 19. Lento _____________________
15. Aflito _______________________ 20. Sóbrio _____________________
-gem -ia -ura
21. Homenagear ____________ 26. Teimoso __________ 31. Terno _________
22. Secar ____________________ 27. Irónico ___________ 32. Culto __________
23. Lavar _______________ 28. Cobarde __________ 33. Ferver _________
24. Dobrar ______________ 29. Valente ___________ 34. Cobrir _________
25. Filmar ______________ 30. Alegre _____________ 35. Queimar _______
IV. Com os seguintes sufixos, forme verbos a partir da palavra dada.
-ecer -itar / -izar
1. Manhã _____________________ 6. Crédito _______________
2. Tarde ______________________ 7. Real _________________
3. Noite _______________________ 8. Sistema _______________
4. Raiva ______________________ 9. Explicito ______________
5. Doença ______________________ 10. Moderno _____________
V. A partir da palavra dada, forme adjectivos com os seguintes sufixos.
-al -vel
1. Excepção ______________________ 6. Louvor _______________
2. Mês __________________________ 7. Dispor ________________
3. Semana ________________________ 8. Alertar _______________
4. Comércio _______________________ 9. Favor ________________
5. Espírito _________________________ 10. Saúde _______________
VI. A partir dos sufixos dados, preencha os espaços com a profissão ou ocupação correcta.
-eira / -eiro -ista -or / -ora
1. Conduz um camião __________________________________
2. Conserta sapatos _____________________________________
3. Colecciona selos _____________________________________
4. Dirige uma universidade _______________________________
5. Fabrica loiça de barro __________________________________
6. Trabalha no campo ____________________________________
7. Apaga os fogos _______________________________________
8. Escreve romances _____________________________________
9. Vende flores _________________________________________
10. Trabalha em madeira _________________________________
VII. A partir da expressão dada, forme o advérbio com o sufixo.
1. Na realidade, preciso de mais uns dias para acabar o trabalho. Realmente
2. A programação dos canais de televisão é alternada com frequência. __________
3. Estou a falar-lhe com sinceridade. ____________________________________
4. Oiçam com atenção o que vou dizer. ___________________________________
5. Aconteceu tudo de repente que não tivemos tempo de tomar providências.______
6. Não me digas que vieste de propósito do Poro a Lisboa só para me visitar! _____
7. Vivem sem preocupações: não têm filhos e ambos ganham bem. _____________
8. Costumavam encontra-se em segredo na casa do campo. __________________
9. A tomada de posse vai ser transmitida em simultâneo em todos os canais.______
10. Com efeito, os resultados das eleições não foram muito animadores. __________
11. Sempre tratou das crianças com muito carinho. __________________________
VIII. Cada palavra da caixa A combina com uma da caixa B. forme, deste modo, palavras compostas, usando, quando necessário, hífen e/ou preposição. Complete as frases com a palavra adequada
A B
1. Tem tanta roupa que já nada lhe cabe no guarda-fato.
2. O Rui está cada vez mais alto. O pior é que continua muito magro. Parece um ___
3. Não se esqueçam de levar ____________________ para a praia. A exposição prolongada ao sol é muito perigosa.
4. Sou assistente social e trabalho com crianças ____________________________.
5. Tem o cabelo ____________________ e uns lindos olhos ________________, quase transparentes.
6. Enquanto estivemos na praia, as crianças apanharam duas ___________________ e montes de conchas.
7. Trouxeram as bebidas, mas ninguém se lembrou de trazer um _________________ para abrir as garrafas.
8. Pela maneira como se comportam vê-se logo que são _____________________; gastam dinheiro ao desbarato e gostam de mostrar tudo o que têm.
9. Arrombaram a porta com um _______________________ e levaram tudo o que havia de valor.
10. A minha namorada ofereceu-me uma ________________________ muito fresca e com um cheiro agradável a limão.
11. Portugueses e brasileiros foram apurados. Esta final ______________________ vai suscitar muita expectativa.
12. “Os Lusíadas” de Luís de Camões são, sem dúvida, a sua __________________.
13. Não podes dar crédito a tudo o que ela diz: é uma ______________________________.
14. Aos olhos da lei, é normalmente o homem, o marido, o ____________________.
15. O ministro faz-se representar por um _________________________ que transmitiu a mensagem aos grevistas.
16. No campo das _______________ foi muito completo. No entanto, o artista destacou-se mais na pintura.
IX. Com os seguintes conjuntos de palavras, forme uma só palavra. Em seguida complete as frases com a palavra adequada.
Filho de alguém ________________ monte santo _____________
Passa porte ____________________ roda pé _________________
Vai e vem ______________________ vinho acre _______________
1. Os jornais noticiaram mais uma viagem com êxito do _________________ espacial norte americano.
2. Como pertencemos à SADC já não é necessário apresentar __________________ quando viajamos para África do Sul.
3. Azeite e ___________________________ são temperos muito usados na cozinha moçambicana.
4. _______________________ é considerado o pulmão da cidade de Lisboa.
5. A casa ficou lindíssima. Tanto os tectos como os ___________________ são em madeira, o que contrasta com o branco das paredes.
6. O sentido mais popular de ____________________________ é precisamente o de um individuo que vive à custa dos rendimentos (não gosta de trabalhar) e anda sempre bem vestido.
Apontamentos d’Os Lusíadas
Renascimento
» Séculos XV e XVI
» Época de mudança ao nível da Europa
» Nasce na Itália do séc. XV, com a riqueza proveniente do comércio
» Investimento em arte como mostra de riqueza
» Os artistas e intelectuais criaram uma rede através de viagens e troca de correspondência
» Humanismo; antropocentrismo (o Homem mentaliza-se das suas capacidades), contrariando o teocentrismo medieval
» Valorização da razão e da experiência para certificação da verdade
» Descobrimentos; repensar da relação do Homem com o mundo; valorização da Natureza
» Abalo das crenças: aparecimento do Protestantismo e teoria heliocêntrica de Copérnico
» Invenção da imprensa e maior facilidade de divulgação dos livros
» Valorização da antiguidade clássica greco-romana. Representam equilíbrio, proporção e regularidade
» Imitar os clássicos, imitar a Natureza
Luís de Camões
» Nasce por volta de 1525
» Sem documentação da educação (presumivelmente em Coimbra)
» 1549-1551: expedição ao Norte de África, onde perde o olho direito
» Na sequência de uma briga é preso. Pede perdão ao Rei, é libertado e enviado para serviço militar na Índia
» Preso na Índia por dívidas
» Teve um naufrágio, salvando-se a nado com o manuscrito d’Os Lusíadas
» Vasta obra lírica: canções, sonetos e redondilhas. Três comédias
» Morre a 10 Junho 1580. No terceiro centenário é-lhe erguida estátua em Lisboa
Características da epopeia
» Remonta à Antiguidade grega e latina
» Tem como expoentes máximos a Ilíada e Odisseia (Homero) e Eneida (Virgílio)
» Normas:
o Grandeza e solenidade, expressão do heroísmo
o Protagonista: alta estirpe social e grande valor moral
o Início da narração in medias res
o Unidade de acção, com recurso a episódios retrospectivos e proféticos (analepse e prolepse)
o Os episódios dão extensão e riqueza à acção, sem lhe quebrar a unidade
o Maravilhoso: Os deuses devem intervir na acção
o Modo narrativo: o poeta narra em seu nome ou assumindo personalidades diversas
o Intervenção do poeta: reduzidas reflexões em seu nome
o Estilo solene e grandioso, com verso decassilábico
Estrutura d’Os Lusíadas
» Externa:
o Verso decassilábico, maioritariamente heróico (acentuação nas 6.ª e 10.ª sílabas) ou sáfico (acentos nas 4.ª, 8.ª e 10.ª sílabas)
o Estrofes de oito versos com esquema abababcc (oitava heróica)
o 10 Cantos.
» Interna:
o Proposição: o poeta anuncia o que vai cantar (I, 1-3)
o Invocação: pedido às divindades inspiradoras (I, 4-5; III, 1-2; VII, 78-82; X, 8)
o Dedicatória: oferecimento a personalidade importante (facultativa)
o Narração: acções do protagonista
» Planos:
o Narração Histórica:
» Viagem de Vasco da Gama (plano fulcral)
» História de Portugal (plano encaixado)
o Narração mitológica
» Plano mitológico: Intervenção dos deuses (plano paralelo)
o Intervenções do Poeta
» Alternância Mar/Terra
o Mar: I, II (Índico) V, VI (Lisboa-Calecut)
o Terra: III, IV (Melinde) VII, VIII (Calecut)
o IX, X: Mar e Terra (viagem de regresso e ilha dos amores)
» Tempo
o Discurso: Viagem, de África à Índia e regresso
o História: Desde Viriato até ao tempo de Camões
o As ligações são feitas por analepses e prolepses/profecias
Resumo
Canto I
» Proposição (1-3) – anúncio do assunto
» Invocação (4-5) – às Ninfas do Tejo
o Poder para descrever condignamente os feitos dos portugueses
» Dedicatória (4-18) – a D. Sebastião
o Segue a estrutura do sermão (exórdio, exposição, confirmação, peroração [recapitulação e epílogo])
o Incita D. Sebastião a feitos dignos de figurar na obra
» Início da Narração (Moçambique a Mombaça)
o Ciladas preparadas em Moçambique: falso piloto para os conduzir a Quíloa. Vénus intervém e repõe o percurso normal
» Consílio dos deuses (20-41)
o Simultaneidade com a navegação
o Decisão sobre chegada dos portugueses à Índia; oposição de Baco, Vénus e Marte a favor
o Luz, sinónimo de riqueza e conhecimento
» Reflexão sobre a insegurança da vida (após traição de Baco)
o Depois de passar Moçambique, Quíloa e Mombaça
o Paralelismo entre perigos do mar e da terra
o Questão da fragilidade (pequenez) do Homem
Canto II
» Viagem de Mombaça a Melinde (1-113)
» A pedido de Baco, o Rei de Mombaça convida os portugueses para os destruir
» Vénus impede a Armada de cair na cilada
» Fuga dos emissários do Rei e do falso piloto
» Vasco da Gama apercebe-se do perigo e dirige uma prece a Deus (apesar da mitologia pagã, o protagonista dirige-se sempre a Deus)
» Vénus pede a Júpiter que proteja os portugueses, profetizando-lhes futuras glórias
» Na sequência disto, Mercúrio (em sonho) indica a Vasco da Gama o caminho até Melinde
» Festejos na recepção em Melinde
» Rei de Melinde pede a Vasco da Gama que lhe conte a História de Portugal (109-113)
Canto III
» Invocação a Calíope (1-2)
» História de Portugal – 1.ª Dinastia
» Vasco da Gama como narrador e Rei de Melinde como Narratário
o Dificuldade em louvar o próprio
» Desde Luso a Viriato
» Formação da Nacionalidade
» As conquistas dos reis da 1.ª Dinastia
» Batalha de Ourique (42-54) – episódio épico
o Desproporção entre número de portugueses e Mouros (acentuando o valor do inimigo, mais se acentua o valor da vitória)
o Intervenção de Cristo – lenda portuguesa
o Contraste Touro (força moura) e cão (inteligência dos portugueses), apesar da diferença numérica
o Descrição da bandeira
» Morte de D. Afonso Henriques (83-84)
o Personificação da Natureza e sua tristeza
» Formosíssima Maria (102-106) – episódio lírico
» Episódio de Inês de Castro (118-135) – episódio lírico
o Caracterização de D. Inês e D. Pedro
o Texto com didascálias e diálogo (teatro)
o O Rei é desculpado por Camões, culpando o povo e ministros, a quem D. Afonso IV cedeu para sobrepor a vontade do povo à sua
o Personificação da Natureza para lamentar a morte de Inês (subjectividade)
Canto IV
» História de Portugal – 2.ª Dinastia
» Revolução 1383-85 (1-15)
» Discurso de D. Nuno Álvares Pereira (15-19)
» Batalha de Aljubarrota (28-44)
o Nobres portugueses contra os próprios irmãos, aliados de Castela
o Ao valorizar D. Nuno (chefe), valoriza todo o povo, visto que na época se associava o valor do chefe ao valor dos seus súbditos (“um fraco rei faz fraca a forte gente”)
» Sonho de D. Manuel (67-75)
o Rios Ganges e Indo aparecem-lhe como velhos, que lhe indicam que os portugueses terão sucesso na Índia
o Vasco da Gama é chamado para se lançar na viagem para a Índia
o Plano da História (com ligação à viagem)
» Despedida em Belém (84-93) – episódio lírico
o Desmembramento das famílias
o Vasco da Gama evita grandes despedidas, pois só traria maiores angústias
» Velho do Restelo (94-104)
o Representa o bom senso e prudência dos que defendiam a expansão para o Norte de África
o Representa a ligação à terra-mãe
o Camões mostra que a opção não é consensual e que, apesar de descrever os ideais épicos, existem outras ideologias
o Motivações erradas (glória de mandar, cobiça, fama e prestígio)
o Alerta para os perigos do mar, para a inquietação e adultério dos que ficam e para o despovoamento do território nacional
o Excesso de ambição é prejudicial (Ícaro)
o Lamentação da estranha condição humana
Canto V
» Canto central d’Os Lusíadas (perigosas cousas do mar)
» Viagem de Lisboa a Melinde
» Fogo-de-Santelmo e tromba marítima (16-22)
o Episódio Naturalista
o Defesa da conquista do saber pela experiência (Humanismo) em detrimento do saber livresco
o Elementos do quotidiano para facilitar a percepção do Rei de Melinde
o Crítica aos que acreditam por terem lido sem nunca terem visto
o Crítica ao saber livresco
» Episódio de Fernão Veloso (30-36)
» Episódio do Gigante Adamastor (37-60)
o Terror do desconhecido; capacidade para ultrapassar obstáculos (naturais) – enaltecimento do herói
o Profecias sobre naufrágios
o O Adamastor, interpelado por Vasco da Gama, explica-lhe por que é um penedo, com uma história de amor e traição com uma deusa (Tétis)
o Contraste da beleza feminina com a fealdade masculina
o Transformação do gigante em pedra
» Escorbuto (81-83)
» Reflexão sobre a dignidade das Artes e das Letras (92-100)
o Episódio Humanista
o Os antigos gostavam que os seus feitos guerreiros fossem cantados
o Os chefes eram também conhecedores da arte e das letras
o Os chefes da antiguidade eram guerreiros (épicos) mas também cultos
o Portugal não preza as artes (é ignorante)
o Mantendo-se a situação, ninguém exaltará os feitos dos portugueses
o Apesar de saber que os portugueses não valorizam as artes e as letras, Camões vai continuar a sua obra, mesmo que por ela não venha a ser reconhecido
Canto VI
» Viagem de Melinde a Calecut
» Consílio dos deuses marinhos (6-36) – Presidido por Neptuno, que com Baco apoiam que os portugueses sejam afundados
» Episódio dos Doze de Inglaterra (43-69)
» Tempestade (70-85)
o Vasco da Gama dirige uma prece a Deus
o Intervenção de Vénus
» Chegada à Índia (92-94)
» Reflexão do poeta sobre o valor da Fama e da Glória (95-99)
o A nobreza não se herda
o São necessários feitos dignos do título
o Oposição da definição “tradicional” de Nobreza à agora apresentada por Camões
o Apelo à coragem
o A nobreza e heroicidade conquistam-se vencendo e ultrapassando obstáculos
o Os heróis serão reconhecidos, independentemente de o quererem
Canto VII
» Armada em Calecut
» Elogio do poeta ao espírito de cruzada. Censura às nações que não seguem o exemplo português
o Crítica ao Luteranismo e guerras dos alemães
o Crítica à oposição dos ingleses ao Papa
o Crítica à aliança da França aos Turcos (por pura ambição)
o Crítica à corrupção italiana
o Crítica à expansão sem motivo religiosos
o Elogio aos portugueses, que apostam na expansão para propagar a fé Cristã, enquanto os outros querem apenas conquistar território
» Desembarque de Vasco da Gama (42)
» Visita do Catual à armada. Paulo da Gama explica o significado das bandeiras
» Invocação às ninfas do Tejo e Mondego. Crítica aos opressores e exploradores do povo (78-87)
o As etapas da vida de Camões (destacando-se a variedade). Balanço negativo da sua vida
o Camões não se sente reconhecido pela sua obra
o Tal como ele, também os escritores vindouros se sentirão desmotivados
o Camões não louvará quem procura a fama para proveito próprio
o Crítica aos que chegam junto do Rei com o propósito de explorar o povo
o Camões sente-se cansado pela forma como é tratado pelos compatriotas
Canto VIII
» Armada em Calecut
» Paulo da Gama explica ao Catual o significado das bandeiras (1-43)
» Ciladas de Baco, que intercede junto dos indianos contra os portugueses(43-96)
» Reflexão sobre o vil poder do ouro
o A sede de dinheiro provoca acções pouco nobres de ricos e de pobres
o O ouro corrompe mas não deixa de ser um metal nobre
Canto IX
» Em Calecut
» Regresso a Portugal – Ilha dos Amores
» Vénus recompensa os Portugueses mostrando-lhes a ilha dos amores
» Exortação do poeta aos que desejarem alcançar a Fama (92-95)
Canto X
» Tétis e as ninfas oferecem um banquete aos portugueses. Profecias sobre o futuro dos Lusitanos no Oriente (1-73)
» Invocação a Calíope (8-9)
» Tétis mostra a Máquina do Mundo a Vasco da Gama, indicando-lhe a dimensão do Império Português (77-142)
» Chegada a Portugal (144)
» Lamentação do poeta e exortação de D. Sebastião (145-156)
o Caracterização do passado, presente e futuro
o Elogio aos portugueses que partem expostos ao perigo (nobres). Alerta aos homens do presente, focados no ouro, cobiça e ambição
o O Rei deverá favorecer aqueles que possuem os valores que Camões diz serem ideais
o Simetria: novas proposição e dedicatória (visão aristotélica da epopeia)
» Séculos XV e XVI
» Época de mudança ao nível da Europa
» Nasce na Itália do séc. XV, com a riqueza proveniente do comércio
» Investimento em arte como mostra de riqueza
» Os artistas e intelectuais criaram uma rede através de viagens e troca de correspondência
» Humanismo; antropocentrismo (o Homem mentaliza-se das suas capacidades), contrariando o teocentrismo medieval
» Valorização da razão e da experiência para certificação da verdade
» Descobrimentos; repensar da relação do Homem com o mundo; valorização da Natureza
» Abalo das crenças: aparecimento do Protestantismo e teoria heliocêntrica de Copérnico
» Invenção da imprensa e maior facilidade de divulgação dos livros
» Valorização da antiguidade clássica greco-romana. Representam equilíbrio, proporção e regularidade
» Imitar os clássicos, imitar a Natureza
Luís de Camões
» Nasce por volta de 1525
» Sem documentação da educação (presumivelmente em Coimbra)
» 1549-1551: expedição ao Norte de África, onde perde o olho direito
» Na sequência de uma briga é preso. Pede perdão ao Rei, é libertado e enviado para serviço militar na Índia
» Preso na Índia por dívidas
» Teve um naufrágio, salvando-se a nado com o manuscrito d’Os Lusíadas
» Vasta obra lírica: canções, sonetos e redondilhas. Três comédias
» Morre a 10 Junho 1580. No terceiro centenário é-lhe erguida estátua em Lisboa
Características da epopeia
» Remonta à Antiguidade grega e latina
» Tem como expoentes máximos a Ilíada e Odisseia (Homero) e Eneida (Virgílio)
» Normas:
o Grandeza e solenidade, expressão do heroísmo
o Protagonista: alta estirpe social e grande valor moral
o Início da narração in medias res
o Unidade de acção, com recurso a episódios retrospectivos e proféticos (analepse e prolepse)
o Os episódios dão extensão e riqueza à acção, sem lhe quebrar a unidade
o Maravilhoso: Os deuses devem intervir na acção
o Modo narrativo: o poeta narra em seu nome ou assumindo personalidades diversas
o Intervenção do poeta: reduzidas reflexões em seu nome
o Estilo solene e grandioso, com verso decassilábico
Estrutura d’Os Lusíadas
» Externa:
o Verso decassilábico, maioritariamente heróico (acentuação nas 6.ª e 10.ª sílabas) ou sáfico (acentos nas 4.ª, 8.ª e 10.ª sílabas)
o Estrofes de oito versos com esquema abababcc (oitava heróica)
o 10 Cantos.
» Interna:
o Proposição: o poeta anuncia o que vai cantar (I, 1-3)
o Invocação: pedido às divindades inspiradoras (I, 4-5; III, 1-2; VII, 78-82; X, 8)
o Dedicatória: oferecimento a personalidade importante (facultativa)
o Narração: acções do protagonista
» Planos:
o Narração Histórica:
» Viagem de Vasco da Gama (plano fulcral)
» História de Portugal (plano encaixado)
o Narração mitológica
» Plano mitológico: Intervenção dos deuses (plano paralelo)
o Intervenções do Poeta
» Alternância Mar/Terra
o Mar: I, II (Índico) V, VI (Lisboa-Calecut)
o Terra: III, IV (Melinde) VII, VIII (Calecut)
o IX, X: Mar e Terra (viagem de regresso e ilha dos amores)
» Tempo
o Discurso: Viagem, de África à Índia e regresso
o História: Desde Viriato até ao tempo de Camões
o As ligações são feitas por analepses e prolepses/profecias
Resumo
Canto I
» Proposição (1-3) – anúncio do assunto
» Invocação (4-5) – às Ninfas do Tejo
o Poder para descrever condignamente os feitos dos portugueses
» Dedicatória (4-18) – a D. Sebastião
o Segue a estrutura do sermão (exórdio, exposição, confirmação, peroração [recapitulação e epílogo])
o Incita D. Sebastião a feitos dignos de figurar na obra
» Início da Narração (Moçambique a Mombaça)
o Ciladas preparadas em Moçambique: falso piloto para os conduzir a Quíloa. Vénus intervém e repõe o percurso normal
» Consílio dos deuses (20-41)
o Simultaneidade com a navegação
o Decisão sobre chegada dos portugueses à Índia; oposição de Baco, Vénus e Marte a favor
o Luz, sinónimo de riqueza e conhecimento
» Reflexão sobre a insegurança da vida (após traição de Baco)
o Depois de passar Moçambique, Quíloa e Mombaça
o Paralelismo entre perigos do mar e da terra
o Questão da fragilidade (pequenez) do Homem
Canto II
» Viagem de Mombaça a Melinde (1-113)
» A pedido de Baco, o Rei de Mombaça convida os portugueses para os destruir
» Vénus impede a Armada de cair na cilada
» Fuga dos emissários do Rei e do falso piloto
» Vasco da Gama apercebe-se do perigo e dirige uma prece a Deus (apesar da mitologia pagã, o protagonista dirige-se sempre a Deus)
» Vénus pede a Júpiter que proteja os portugueses, profetizando-lhes futuras glórias
» Na sequência disto, Mercúrio (em sonho) indica a Vasco da Gama o caminho até Melinde
» Festejos na recepção em Melinde
» Rei de Melinde pede a Vasco da Gama que lhe conte a História de Portugal (109-113)
Canto III
» Invocação a Calíope (1-2)
» História de Portugal – 1.ª Dinastia
» Vasco da Gama como narrador e Rei de Melinde como Narratário
o Dificuldade em louvar o próprio
» Desde Luso a Viriato
» Formação da Nacionalidade
» As conquistas dos reis da 1.ª Dinastia
» Batalha de Ourique (42-54) – episódio épico
o Desproporção entre número de portugueses e Mouros (acentuando o valor do inimigo, mais se acentua o valor da vitória)
o Intervenção de Cristo – lenda portuguesa
o Contraste Touro (força moura) e cão (inteligência dos portugueses), apesar da diferença numérica
o Descrição da bandeira
» Morte de D. Afonso Henriques (83-84)
o Personificação da Natureza e sua tristeza
» Formosíssima Maria (102-106) – episódio lírico
» Episódio de Inês de Castro (118-135) – episódio lírico
o Caracterização de D. Inês e D. Pedro
o Texto com didascálias e diálogo (teatro)
o O Rei é desculpado por Camões, culpando o povo e ministros, a quem D. Afonso IV cedeu para sobrepor a vontade do povo à sua
o Personificação da Natureza para lamentar a morte de Inês (subjectividade)
Canto IV
» História de Portugal – 2.ª Dinastia
» Revolução 1383-85 (1-15)
» Discurso de D. Nuno Álvares Pereira (15-19)
» Batalha de Aljubarrota (28-44)
o Nobres portugueses contra os próprios irmãos, aliados de Castela
o Ao valorizar D. Nuno (chefe), valoriza todo o povo, visto que na época se associava o valor do chefe ao valor dos seus súbditos (“um fraco rei faz fraca a forte gente”)
» Sonho de D. Manuel (67-75)
o Rios Ganges e Indo aparecem-lhe como velhos, que lhe indicam que os portugueses terão sucesso na Índia
o Vasco da Gama é chamado para se lançar na viagem para a Índia
o Plano da História (com ligação à viagem)
» Despedida em Belém (84-93) – episódio lírico
o Desmembramento das famílias
o Vasco da Gama evita grandes despedidas, pois só traria maiores angústias
» Velho do Restelo (94-104)
o Representa o bom senso e prudência dos que defendiam a expansão para o Norte de África
o Representa a ligação à terra-mãe
o Camões mostra que a opção não é consensual e que, apesar de descrever os ideais épicos, existem outras ideologias
o Motivações erradas (glória de mandar, cobiça, fama e prestígio)
o Alerta para os perigos do mar, para a inquietação e adultério dos que ficam e para o despovoamento do território nacional
o Excesso de ambição é prejudicial (Ícaro)
o Lamentação da estranha condição humana
Canto V
» Canto central d’Os Lusíadas (perigosas cousas do mar)
» Viagem de Lisboa a Melinde
» Fogo-de-Santelmo e tromba marítima (16-22)
o Episódio Naturalista
o Defesa da conquista do saber pela experiência (Humanismo) em detrimento do saber livresco
o Elementos do quotidiano para facilitar a percepção do Rei de Melinde
o Crítica aos que acreditam por terem lido sem nunca terem visto
o Crítica ao saber livresco
» Episódio de Fernão Veloso (30-36)
» Episódio do Gigante Adamastor (37-60)
o Terror do desconhecido; capacidade para ultrapassar obstáculos (naturais) – enaltecimento do herói
o Profecias sobre naufrágios
o O Adamastor, interpelado por Vasco da Gama, explica-lhe por que é um penedo, com uma história de amor e traição com uma deusa (Tétis)
o Contraste da beleza feminina com a fealdade masculina
o Transformação do gigante em pedra
» Escorbuto (81-83)
» Reflexão sobre a dignidade das Artes e das Letras (92-100)
o Episódio Humanista
o Os antigos gostavam que os seus feitos guerreiros fossem cantados
o Os chefes eram também conhecedores da arte e das letras
o Os chefes da antiguidade eram guerreiros (épicos) mas também cultos
o Portugal não preza as artes (é ignorante)
o Mantendo-se a situação, ninguém exaltará os feitos dos portugueses
o Apesar de saber que os portugueses não valorizam as artes e as letras, Camões vai continuar a sua obra, mesmo que por ela não venha a ser reconhecido
Canto VI
» Viagem de Melinde a Calecut
» Consílio dos deuses marinhos (6-36) – Presidido por Neptuno, que com Baco apoiam que os portugueses sejam afundados
» Episódio dos Doze de Inglaterra (43-69)
» Tempestade (70-85)
o Vasco da Gama dirige uma prece a Deus
o Intervenção de Vénus
» Chegada à Índia (92-94)
» Reflexão do poeta sobre o valor da Fama e da Glória (95-99)
o A nobreza não se herda
o São necessários feitos dignos do título
o Oposição da definição “tradicional” de Nobreza à agora apresentada por Camões
o Apelo à coragem
o A nobreza e heroicidade conquistam-se vencendo e ultrapassando obstáculos
o Os heróis serão reconhecidos, independentemente de o quererem
Canto VII
» Armada em Calecut
» Elogio do poeta ao espírito de cruzada. Censura às nações que não seguem o exemplo português
o Crítica ao Luteranismo e guerras dos alemães
o Crítica à oposição dos ingleses ao Papa
o Crítica à aliança da França aos Turcos (por pura ambição)
o Crítica à corrupção italiana
o Crítica à expansão sem motivo religiosos
o Elogio aos portugueses, que apostam na expansão para propagar a fé Cristã, enquanto os outros querem apenas conquistar território
» Desembarque de Vasco da Gama (42)
» Visita do Catual à armada. Paulo da Gama explica o significado das bandeiras
» Invocação às ninfas do Tejo e Mondego. Crítica aos opressores e exploradores do povo (78-87)
o As etapas da vida de Camões (destacando-se a variedade). Balanço negativo da sua vida
o Camões não se sente reconhecido pela sua obra
o Tal como ele, também os escritores vindouros se sentirão desmotivados
o Camões não louvará quem procura a fama para proveito próprio
o Crítica aos que chegam junto do Rei com o propósito de explorar o povo
o Camões sente-se cansado pela forma como é tratado pelos compatriotas
Canto VIII
» Armada em Calecut
» Paulo da Gama explica ao Catual o significado das bandeiras (1-43)
» Ciladas de Baco, que intercede junto dos indianos contra os portugueses(43-96)
» Reflexão sobre o vil poder do ouro
o A sede de dinheiro provoca acções pouco nobres de ricos e de pobres
o O ouro corrompe mas não deixa de ser um metal nobre
Canto IX
» Em Calecut
» Regresso a Portugal – Ilha dos Amores
» Vénus recompensa os Portugueses mostrando-lhes a ilha dos amores
» Exortação do poeta aos que desejarem alcançar a Fama (92-95)
Canto X
» Tétis e as ninfas oferecem um banquete aos portugueses. Profecias sobre o futuro dos Lusitanos no Oriente (1-73)
» Invocação a Calíope (8-9)
» Tétis mostra a Máquina do Mundo a Vasco da Gama, indicando-lhe a dimensão do Império Português (77-142)
» Chegada a Portugal (144)
» Lamentação do poeta e exortação de D. Sebastião (145-156)
o Caracterização do passado, presente e futuro
o Elogio aos portugueses que partem expostos ao perigo (nobres). Alerta aos homens do presente, focados no ouro, cobiça e ambição
o O Rei deverá favorecer aqueles que possuem os valores que Camões diz serem ideais
o Simetria: novas proposição e dedicatória (visão aristotélica da epopeia)
Colocação dos pronomes clíticos
I
A colocação e/ou o uso dos pronomes oblíquos átonos ou clíticos ME, TE, SE, O (S), A (S), LHE (S) e NOS, em relação ao verbo, segue determinadas orientações e regras. Assim, pode ter-se os seguintes casos de colocação dos pronomes clíticos ou oblíquos átonos:
1. Ênclise
A ênclise consiste na colocação dos pronomes oblíquos átonos ou simplesmente pronomes clíticos depois do verbo. Assim, o pronome deve ficar depois do verbo quando houver:
1. Sujeito explícito antes do verbo:
• Ele manteve-se irredutível em relação ao divórcio.
• William Golding consagrou-se como um mestre em esmiuçar questões complexas da natureza humana.
• Desde os dois anos de idade a Luísa veste-se sozinha.
• Humilhar o vizinho tornou-se uma obsessão para Joel.
• Por muito tempo aquelas pessoas debateram-se com o alcoolismo.
2. Conjunção coordenativa:
• Gostei da festa, porém despedi-me cedo.
• Tem rompantes, mas arrepende-se depois.
• O governador foi taxativo e estendeu-se longamente sobre o assunto.
Obs. Quando o pronome é a/as, o/os, torna-se preferível a ênclise: Conseguido o divórcio, sentiu-se tentada a enganá-lo (em vez de “ (…) sentiu tentada a o enganar.”) na divisão dos bens. /Tenho o prazer de convidá-los a comparecer ao baptismo. / Folgo por sabê-los bem. Entretanto, pode-se, também, ter construções como: Tenho o prazer de os convidar a comparecer ao baptismo, quando o elemento antecedente forem as preposições para e de.
2. Próclise
A posição proclítica consiste em colocar o pronome oblíquo átono ou pronome clítico antes do verbo. Para tal, há que obedecer a determinadas regras e situação que condicionam tal posição do pronome. Desta forma, pode adoptar-se a próclise nas seguintes situações:
1) Os pronomes indefinidos e relativos e as conjunções subordinativas atraem o pronome átono; para facilitar seu reconhecimento, convém notar que grande parte começa com que:
• Eis o livro do qual se falou a noite inteira. / Eis o livro de que se falou.
• Procuramos por quem se interesse por criação de bicho-da-seda.
• O resultado das urnas serviu para mostrar a falácia daqueles que se jactavam de uma força política que lhes permitia tudo.
• A sua carreira política começou em 1998, quando se elegeu o vereador pelo partido Frelimo, na cidade de Maputo.
• Em sociedade tudo se sabe. / Onde (é que) se meteram eles?
2) Também as palavras de valor negativo atraem o pronome átono:
• Nada nos afecta tanto quanto o aumento do leite. / Nunca se viu coisa igual.
• Não me diga isso para não me aborrecer. / Ninguém os tolera.
• Jamais se soube a verdadeira versão dos factos.
É importante observar que se a partícula (advérbio, pronome, etc.) negativa precede um infinitivo não flexionado, o pronome pode vir depois do verbo: Calei para não magoá-la./ Saí para não incomodá-los. Admite-se, contudo, construções como: Calei para a não magoar./ Saí para os não incomodar.
3) Os advérbios de um modo geral atraem o pronome átono:
• Aqui se faz, aqui se paga. / Agora te reconheço. / Sempre se disse isso.
• Lá se foi o nosso dinheiro... / Talvez nos encontremos. / Devagar se vai ao longe.
• Ele certamente a viu. / Muito nos contaram sobre isso. / Logo se saberá o resultado.
4) As preposições antes de verbo no infinitivo:
• Nas lojas desportivas encontrámos o equipamento ideal para nos proporcionar uma vida sadia.
• Temos satisfação em lhe participar a inauguração da fábrica.
• Tenho o prazer de lhes falar sobre a filosofia que norteia nossa instituição.
5) O pronome se com valor de condicional
• Se se concordar com a decisão, então podemos avançar.
• Vou explicar-te matemática se te comportares bem.
• Se nos prepararmos bem, faremos melhor o exame de Demografia.
3. Ênclise
A posição enclítica consiste em colocar o pronome oblíquo átono ou o pronome clítico na posição intermédia do verbo, isto é, entre o radical do verbo e a desinência. Aplica-se a ênclise nas seguintes situações:
1) A ênclise usa-se em tempos futuros; em outros termos: colocar o pronome átono depois dos verbos no futuro do presente e do pretérito do indicativo e no futuro do conjuntivo:
• Fazer-me-ei e não fazerei-me / far-nos-ia e não fazeria-nos / dir-se-iam e não diria-se.
• Eu ter-me-ia aposentado se ganhasse bem e não Eu teria-me aposentado se ganhasse bem.
Obs.: No começo de frase não se aceita, na linguagem culta e formal, a colocação do pronome átono em início de frase; é permitida na linguagem informal e nos diálogos também informais.
II
Locução verbal
Relembrando: locução verbal é a reunião de dois ou mais verbos para exprimir uma só acção. O primeiro verbo é chamado auxiliar; o último é o principal e está sempre no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. Para melhor visualização e fixação, vejam-se as possibilidades de colocação dos pronomes átonos por meio de exemplos apenas:
1) Auxiliar + Infinitivo
• Quero fazer-lhe uma surpresa.
• Vim informar-te do acidente que houve.
2) Auxiliar + Infinitivo com preposição a
• Já começámos a preparar-nos para o exame.
• Eles estão a dar-nos mais uma oportunidade.
3) Auxiliar + Gerúndio
• Eles foram afastando-se.
• Eles foram-se afastando.
4) Auxiliar + Particípio
• O povo havia-se retirado quando chegámos.
• Tinha-te dito para não saíres com ela.
Bibliografia
Arquivo capturado via: www.kplus.cosmo.com.br/materia.asp? Co=51&rv=Gramatica, a 12 de Agosto de 2009.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 15.ª ed. Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1990.
Por: Nélis Félix Elias
01 de Junho de 2010
A colocação e/ou o uso dos pronomes oblíquos átonos ou clíticos ME, TE, SE, O (S), A (S), LHE (S) e NOS, em relação ao verbo, segue determinadas orientações e regras. Assim, pode ter-se os seguintes casos de colocação dos pronomes clíticos ou oblíquos átonos:
1. Ênclise
A ênclise consiste na colocação dos pronomes oblíquos átonos ou simplesmente pronomes clíticos depois do verbo. Assim, o pronome deve ficar depois do verbo quando houver:
1. Sujeito explícito antes do verbo:
• Ele manteve-se irredutível em relação ao divórcio.
• William Golding consagrou-se como um mestre em esmiuçar questões complexas da natureza humana.
• Desde os dois anos de idade a Luísa veste-se sozinha.
• Humilhar o vizinho tornou-se uma obsessão para Joel.
• Por muito tempo aquelas pessoas debateram-se com o alcoolismo.
2. Conjunção coordenativa:
• Gostei da festa, porém despedi-me cedo.
• Tem rompantes, mas arrepende-se depois.
• O governador foi taxativo e estendeu-se longamente sobre o assunto.
Obs. Quando o pronome é a/as, o/os, torna-se preferível a ênclise: Conseguido o divórcio, sentiu-se tentada a enganá-lo (em vez de “ (…) sentiu tentada a o enganar.”) na divisão dos bens. /Tenho o prazer de convidá-los a comparecer ao baptismo. / Folgo por sabê-los bem. Entretanto, pode-se, também, ter construções como: Tenho o prazer de os convidar a comparecer ao baptismo, quando o elemento antecedente forem as preposições para e de.
2. Próclise
A posição proclítica consiste em colocar o pronome oblíquo átono ou pronome clítico antes do verbo. Para tal, há que obedecer a determinadas regras e situação que condicionam tal posição do pronome. Desta forma, pode adoptar-se a próclise nas seguintes situações:
1) Os pronomes indefinidos e relativos e as conjunções subordinativas atraem o pronome átono; para facilitar seu reconhecimento, convém notar que grande parte começa com que:
• Eis o livro do qual se falou a noite inteira. / Eis o livro de que se falou.
• Procuramos por quem se interesse por criação de bicho-da-seda.
• O resultado das urnas serviu para mostrar a falácia daqueles que se jactavam de uma força política que lhes permitia tudo.
• A sua carreira política começou em 1998, quando se elegeu o vereador pelo partido Frelimo, na cidade de Maputo.
• Em sociedade tudo se sabe. / Onde (é que) se meteram eles?
2) Também as palavras de valor negativo atraem o pronome átono:
• Nada nos afecta tanto quanto o aumento do leite. / Nunca se viu coisa igual.
• Não me diga isso para não me aborrecer. / Ninguém os tolera.
• Jamais se soube a verdadeira versão dos factos.
É importante observar que se a partícula (advérbio, pronome, etc.) negativa precede um infinitivo não flexionado, o pronome pode vir depois do verbo: Calei para não magoá-la./ Saí para não incomodá-los. Admite-se, contudo, construções como: Calei para a não magoar./ Saí para os não incomodar.
3) Os advérbios de um modo geral atraem o pronome átono:
• Aqui se faz, aqui se paga. / Agora te reconheço. / Sempre se disse isso.
• Lá se foi o nosso dinheiro... / Talvez nos encontremos. / Devagar se vai ao longe.
• Ele certamente a viu. / Muito nos contaram sobre isso. / Logo se saberá o resultado.
4) As preposições antes de verbo no infinitivo:
• Nas lojas desportivas encontrámos o equipamento ideal para nos proporcionar uma vida sadia.
• Temos satisfação em lhe participar a inauguração da fábrica.
• Tenho o prazer de lhes falar sobre a filosofia que norteia nossa instituição.
5) O pronome se com valor de condicional
• Se se concordar com a decisão, então podemos avançar.
• Vou explicar-te matemática se te comportares bem.
• Se nos prepararmos bem, faremos melhor o exame de Demografia.
3. Ênclise
A posição enclítica consiste em colocar o pronome oblíquo átono ou o pronome clítico na posição intermédia do verbo, isto é, entre o radical do verbo e a desinência. Aplica-se a ênclise nas seguintes situações:
1) A ênclise usa-se em tempos futuros; em outros termos: colocar o pronome átono depois dos verbos no futuro do presente e do pretérito do indicativo e no futuro do conjuntivo:
• Fazer-me-ei e não fazerei-me / far-nos-ia e não fazeria-nos / dir-se-iam e não diria-se.
• Eu ter-me-ia aposentado se ganhasse bem e não Eu teria-me aposentado se ganhasse bem.
Obs.: No começo de frase não se aceita, na linguagem culta e formal, a colocação do pronome átono em início de frase; é permitida na linguagem informal e nos diálogos também informais.
II
Locução verbal
Relembrando: locução verbal é a reunião de dois ou mais verbos para exprimir uma só acção. O primeiro verbo é chamado auxiliar; o último é o principal e está sempre no infinitivo, no gerúndio ou no particípio. Para melhor visualização e fixação, vejam-se as possibilidades de colocação dos pronomes átonos por meio de exemplos apenas:
1) Auxiliar + Infinitivo
• Quero fazer-lhe uma surpresa.
• Vim informar-te do acidente que houve.
2) Auxiliar + Infinitivo com preposição a
• Já começámos a preparar-nos para o exame.
• Eles estão a dar-nos mais uma oportunidade.
3) Auxiliar + Gerúndio
• Eles foram afastando-se.
• Eles foram-se afastando.
4) Auxiliar + Particípio
• O povo havia-se retirado quando chegámos.
• Tinha-te dito para não saíres com ela.
Bibliografia
Arquivo capturado via: www.kplus.cosmo.com.br/materia.asp? Co=51&rv=Gramatica, a 12 de Agosto de 2009.
CUNHA, Celso & CINTRA, Lindley. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 15.ª ed. Lisboa, Edições João Sá da Costa, 1990.
Por: Nélis Félix Elias
01 de Junho de 2010
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